Design Couché, mon amour

Couché, mon amour

Por Design Culture

Algumas vezes, nós designers torcemos o nariz quando somos avisados que o orçamento só vai dar para rodar em couché. Porém, a verdade é que isso é um amor mal correspondido (por parte do papel, que fique claro). Couché é o coringa das impressões, a helvética dos papéis. Lembro bem, na minha infância, que a maioria dos livros didáticos eram em papel sulfite e suas cores pastéis. Quando um livro era em couché, ele automaticamente virava meu favorito. Aquele cheiro, aquelas figuras brilhantes… rsrs Lembro até do pesar que sentia quando a mochila, desavisada do meu amor, criava uma orelha no livro e quebrava a laminação :( Enfim, se você não se lembra desse amor, vai aí uma lista de porque o couché é tão maravilhoso.

couche

1 .  Brilho, magia e sedução

O papel couché nada mais é que um papel offset recoberto com um revestimento composto por carbono de cálcio, caulin, látex, entre outros aditivos, com a finalidade de proteger as fibras e deixá-lo mais liso e absorver menos tinta. Ou seja, ele não chupa a tinta para as camadas inferiores. Ou seja? A impressão vai ser mais superficial e por isso as cores são mais vivas e a definição das imagens melhor.

2. Papel para (quase) todo layout

O couché, que em francês significa camada, foi criado em 1860 pela indústria gráfica. Ele é indicado para impressões a laser quanto para a impressão offset. No entanto, se você, assim como eu, já tentou imprimir no couché com sua impressora jato de tinta, deve ter observado um estranho fenômeno. A tinta, como já foi dito, tende a ficar nas camadas superiores do papel. A tinta que é utilizada por essas impressoras não consegue penetrar as fibras do papel e acaba secando ali bem na superfície. Assim, com um mínimo de atrito sob a tinta seca se esfarela e solta do papel.

3. Couché L1, Couché L2 e Mate

Você provavelmente já viu essas especificações em algum orçamento. O papel couché L1 brilhante é revestido em apenas um dos lados. É muito utilizado em embalagens onde um dos lados recebe impressão e do outro, o lado poroso, é recebido cola para se aplicar um papel calandrado.  Já o papel couché L2 brilhante é revestido nos dois lados. É esse que encontramos nas folheterias, revistas, livros.

O papel couché L2 matte ou fosco também é produzido com o revestimento nas duas faces, porém com formulação especial para inibir o brilho. O couché, de forma geral, possui uma secagem da tinta mais lenta porém ganha em qualidade devido a sua opacidade, se comparado a outro papéis revestidos. Sua impressão vai se manter nítida e sem transparecer para o verso da folha.

4. Preço e disponibilidade

Sim, obviamente o couché é mais cara que o sulfite pelo simples fato de que o couché é basicamente um offset que recebe cobertura e tratamento especial. Porém, é um dos papéis com melhor custo-benefício e provavelmente vai ser orçado mais barato do que aquele papel de extrato de folha de palmeira imperial que você queria para o seu projeto. Mas se acalme. O couché produzido no Brasil é um dos melhores do mundo. Aqui, temos tanto a tecnologia quanto abundância de matéria prima, como o minério caulim, para a produção. Isso tudo contribui para que, em qualquer gráfica, esteja lá a sua disposição imprimir em um papel liso, brilhante e bem braco.

 

Fontes: http://blog.creativecopias.com.br/papel-couche-qual-o-melhor-tipo-de-impressao/ | 2 | 3

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