Design Designers & Contratos

Designers & Contratos

Por Islard Rocha

Ao se falar em contratos entre clientes e designers o que na maioria das vezes nos vem a mente é: 50% no ato de assinatura do contrato e 50% ao término do projeto. No entanto, já imaginou se se fossemos mais sinceros sobre nosso modo de trabalho e eliminássemos o “jurídiquês”?

O escritório de design, Segura, sediado em Chicago, criou um contrato para simplificar e deixar bem claro o que os clientes devem esperar ao fecharem um projeto com eles.

segura-inc.com

O contrato diz o seguinte:

Você me paga, eu crio.
Eu começo quando o cheque for compensado.
Tempo é dinheiro. Mais tempo é mais dinheiro.
Eu escuto você. Você me escuta.
Você me diz o que quer, eu digo o que você precisa.
Você quer que eu seja pontual, eu quero que você seja pontual.
O que você usa é seu, o que você não usa é meu.
Eu não posso dar a você coisas que não são minhas.
Eu vou tentar não ser um pé no saco, você deve fazer o mesmo.
Se você quer algo que já foi feito antes, use aquilo.

PRO BONO
Se você quer do seu jeito, você tem que pagar.
Se você não paga, eu tenho a palavra final.

Vamos criar algo grande juntos.

Além desse contrato um tanto quanto “inovador”, o escritório também criou dois cartões de visita que seguem a mesma linha de sinceridade e objetividade.

segura-inc.com

Tradução:

Eu não vou concordar com tudo que você disser
Eu não vou dizer sim sempre
Eu não vou usar a cor favorita da sua esposa
Eu não vou presumir que o público é estúpido
Eu não vou confiar em pesquisas de grupos de discussão
Eu não vou aumentar o logo
e
Eu não vou fazer algo que já foi feito antes

segura-inc.com

Tradução:

É difícil trabalhar comigo
Eu sou crítico
Eu sou teimoso
Eu sou seletivo
Eu sou difícil
Eu sou criterioso”

Ao ver atitudes como essa me pergunto se isso funcionaria aqui no Brasil e se é de fato a melhor maneira de lidar com os nossos clientes. Particularmente, não sei responder se isso seria tido como algo positivo ou negativo. No entanto, acredito que o processo projetual, quando bem mostrado, possua capacidade para convencer e até mesmo “encantar” nossos clientes.

Claro, existem diversas questões que acontecem cotidianamente que terminam nos deixando “sem paciência”, porém, penso que para diminuir questões como “aumenta o logo!” é preciso que expliquemos como o processo de criação funciona e também que justifiquemos a razão de cada elemento, mas claro, isso varia de cliente para cliente. Hoje, na Sabiá, fazemos uso do Design Colaborativo, abordagem que busca trazer nossos clientes e parceiros para dentro do processo projetual, mas se você me perguntar se paramos de ter dor de cabeça com essas questões do cotidiano a minha resposta vai ser não, e provavelmente a da maioria dos que também estão fazendo uso de alguma estratégia para solucionar essa questão. Afinal, sempre passa em nossa timeline algumas postagens sobre essas coisas que nos deixam “sem paciência”.

Por fim, se você está utilizando alguma abordagem para diminuir essa questão e têm funcionado, nos conta!

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