Hoje vou escrever sobre 6 tendências que um designer deve de ter em conta quando desenvolve uma marca. Todos nós já criamos uma identidade visual, seja um logotipo ou um símbolo, certo?
Deste modo quando criamos uma identidade visual não podemos apenas desenvolver o projeto sem nos interessarmos da realidade exterior. Nenhuma marca deve de ser desenvolvida sem ter por base uma metodologia projectual.
O designer muitas das vezes para além do naming, tem ainda de criar toda a identidade coorporativa, tem de saber posicionar e direccionar a marca, não só a nível do marketing como a nível de relações públicas, publicidade…etc. A esta corrente que mistura todas estas disciplinas e interliga a estratégia com a criatividade dá-se o nome de “Design Global”.
Segundo Joan Costa, uma marca deixa de ser apenas um nome traduzido visualmente em forma de logótipo ou símbolo e passa a ser um conjunto de estratégias de comunicação coordenadas. Baseadas nesta ideia são 6 as grandes tendências referidas pelo autor que actualmente caracterizam a estratégia criativa/gestão da marca.
1 – Simplicidade formal – pregnância – capacidade que o cérebro tem de interpretar formas, associar e memorizar). Tanto o naming (marca verbal) como o gráfico (marca visual) devem de ser simples.
2 – Abstracção (maior polissemia) – poli – “muitos”, sema – “significados” – quando uma determinada expressão ou palavra adquire um novo sentido para além do seu sentido original, mantendo uma relação entre ambos. A abstracção, oposta ao figurativo é mais polissémica quer na marca verbal quer na visual.
3 – Globalidade – a supermarca de hoje engloba vários produtos e serviços.
A estas três tendências acima referidas associamos mais três relacionadas com as estratégias de gestão:
4 – Imagem de Marca – hoje planeia-se a imagem mental ou o que se quer que a imagem signifique para o público. A imagem é definida antes da forma isto é, primeiro estudamos quais as sensações, as emoções e o valor da marca e só depois se concebe o design gráfico da identidade (logótipo, símbolo, cores, tipografia). Esta estratégia reforça a ideia que uma marca vale sempre aquilo que significa.
5 – Experiência Emocional – esta tendência está ligada à anterior e baseia-se no facto de a funcionalidade dos produtos/serviços não ser o suficiente para motivar e cativar o público. Com a experiência emocional, a apple não vende apenas um mp3 mas sim uma experiência emocional que posiciona o público num determinado patamar. O publico move-se mais por emoções do que por razões e o storytelling é fundamental!
6- Legitimação social – É uma tendência crescente imposta pelas exigências sociais, a marca cumpre as leis, tem conduta ética e moral e patrocina causas sociais nobres. Os midia aqui também têm um papel fundamental (ou não), para que ajudem a propagar as notícias que “nem sempre” são positivas para a marca. As redes sociais assumem também um papel cada vez mais importante, pois permitem um contacto directo e diário com o público.
O desenvolvimento crescente das empresas de serviços, a explosão dos meios de comunicação, a internet, a tecnologia digital, as redes sociais e a cada vez maior competitividade comercial têm vindo a provocar mudanças radicais na vida das marcas, e nós designers temos de estar cientes disso!
Deixo-vos um video que pode ser interessante no âmbito da criação de marcas.