Uma marca bem elaborada é aquela que vem acompanhada de um conceito. Isso parece óbvio, é claro. Isso empobrece a marca tanto do ponto de vista gráfico quanto de sua personalidade, o que nos leva a levantar algumas orientações a respeito da elaboração conceitual de uma marca, levando em conta 4 critérios importantíssimos para essa questão (Especificidade, Objetividade, Honestidade).
Um conceito auxilia diretamente na forma como uma marca é vista (o logotipo deve dizer muito mais que umas formas geométricas bem encaixadas). É preciso apresentar características que seu público valoriza e assim desenvolver amabilidade e simpatia por meio das aparições da marca.
Especificidade
A marca pode atuar em vários campos, defendendo e apoiando várias filosofias, estilos e afins. Mas sua conceituação precisa ser específica e muito bem definida, clara, de fácil entendimento, evitando confusões de inteligibilidade. Num mundo onde o bombardeio de informações parte de todos os lados, gerar especificidade para uma marca é essencial para ceder atenção à mesma. Se a marca deseja ter destaque nesse meio gigantesco de informação, precisa seguir por essa linha, buscando personalidade, se apropriando de uma ideia e torná-la como algo que seja ligeiramente ligada à marca, criando uma ponte de fácil entendimento.
Objetividade
Propriedade e brevidade. Atualmente, tudo tem sido muito rápido, cíclico e outros milhões de conceitos de marca estão por aí. Por isso, apropriar-se de um conceito e fazê-lo ser entendido nessa semiótica é primordial para facilitar a visibilidade. Bem como a brevidade com que se transmite tal informação. Ser diferente, rápido e conciso ajuda muito. Chamadas e legendas em posts não precisam ser longos, precisam ser únicos e cheios de personalidade, numa linguagem amigável e atrativa. Imagens não precisam de muitos elementos, precisam ser compreendidas de prontidão (usar um banco de imagens personalizado, como o Fotolia acaba sendo uma mão na roda nessas horas).
Honestidade
Parece justo oferecer apenas o que se pode dar. E é assim mesmo que precisa ser. Expressões fantasiosas podem sugerir enrolação e fantasia. Então, manter a sobriedade ao falar sobre um produto ou serviço da marca é igualmente importante. Não vale dizer que as acomodações do hotel são “majestosas” e na real, serem peças daquela liquidação de cama, mesa e banho. Não faz sentido algum dizer que o molho do hambúrguer é “esplêndido”, se quando experimentam, a sensação é simplesmente a mesma daquele hot-dog do tiozinho da esquina (sem contar que tem uns tiozinhos por aí com molho muito melhor).
Desenvolver conceito de marca não é mesmo fácil, mas com empenho e dedicação, imersão no universo da marca, a coisa fica menos difícil e o caminho se encurta. Dito isso, a necessidade de estudo e análise se faz plenamente necessário, a fim de captar todas as informações necessárias para os transformar em insights por meio de um brainstorming, pessoal ou em grupo, o que então fornecerá os caminhos para a concepção dos elementos essenciais para a marca, como um bom conceito. É bom sempre lembrar que bons insumos ajudam de igual modo no desenvolvimento desse processo.
E é isso, foco na construção de uma marca com conceito poderoso e competitivo num mercado tão agressivo. Tamojunto e até a próxima, criativo! Graça, paz e um copo de suco! ?