Não temos como negar que hoje em dia a grande maioria dos profissionais de Design estão presentes no mercado de tecnologia, sendo que é um ambiente que respira agilidade no desenvolvimento dos seus projetos.
Pensando nisso, os designers tiveram que se adaptar para manter a qualidade em suas entregas, porém de maneira mais rápida.
Para conseguir realizar esse feito, os profissionais criaram diversas ferramentas estratégicas, como por exemplo o Design Sprint, Design Thinking ou Design System.
Cada uma dessas abordagens citadas acima tem uma finalidade e depende muito da situação que encontra-se o projeto, mas vamos focar em falar sobre Design System.
Para entender um pouco do conceito, vamos imaginar a seguinte situação:
Você agora faz parte de um time de tecnologia e vai ser o responsável pelo Design UI de um determinado projeto. Esse projeto será um aplicativo para venda de discos de vinil, onde o usuário vai customizar as músicas que vão estar presentes nele.
Se formos refletir, muitos elementos vão aparecer mais de uma vez dentro deste aplicativo, como por exemplo os botões, podendo ter um botão “comprar”, um outro “continuar comprando” e assim sucessivamente.
Você vai fazer um botão novo para cada uma dessas ações?
Se a resposta for sim, é melhor reconsiderar essa ideia.
E isso não seria um problema só pelas questões visuais, já que nosso aplicativo não teria nenhuma identidade, mas também pela consistência na entrega do projeto.
Para o designer pode até não demorar muito para criar botão novo, porém seria um grande problema para o front-end, afinal de contas ele teria que criar um componente inteiramente do zero.
Acho que essa já seria uma boa reflexão para se começar a pensar em padrões de design, não somente para botões, mas também para cores, tipografia, ícones, tom de voz, etc.
E ainda temos mais um ganho, os seus protótipos com um Design System estabelecido vão ser feitos de maneira mais rápida e com alta fidelidade, sendo que sua única preocupação será com a solução para o problema em questão.
Mas pensar e trabalhar dessa forma não limita a criatividade do profissional?
Então vamos pegar a música como exemplo:
Sabemos que toda música tem como base as suas 7 notas: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si.
Agora vamos pensar em quantas canções já foram criadas e em quantos estilos diferentes.
Quase incalculável, não é mesmo?
Todas elas usaram como base aquelas 7 notas e isso não atrapalhou em momento algum os artistas criarem suas obras.
Ter um padrão de design na verdade vai abrir seus horizontes para que a entrega do seu trabalho seja mais eficiente, focando no que realmente importa, o usuário!