O Design pode ser compreendido como a idealização, criação, desenvolvimento, configuração, conceção, elaboração e especificação de manufactos, habitualmente produzidos na indústria ou por meio de sistema de produção em série, geralmente de forma padronizada. É uma atividade estratégica, técnica e criativa, normalmente orientada por uma intenção ou objetivo, com foco na solução de um problema específico e identificado.
Hoje as discussões sobre os conceitos estão cada vez mais acesas, motivadas principalmente pela dinâmica da ciência e tecnologia, em quase todo o mundo. As instituições de ensino são, muitas das vezes os locais que colocam na frente debates científicos, incluindo da área de design, no seu geral, e o design gráfico, especificamente. As redes sociais e outras plataformas digitais aproximam diferentes pesquisadores, docentes, estudantes e profissionais de todo o mundo proporcionando troca de conhecimento, experiências e pontos de vistas.
Para dizer o que é design gráfico, Faggiani (2006, p.80) afirma ser “ (…) todo processo de comunicação que se manifesta através da utilização de componentes visuais, como: signos, imagens, desenhos gráficos, ou qualquer coisa que possa ser vista por meios bidimensionais.”
Mas também define-se design gráfico à “(…) área de conhecimento e à prática profissional específicas relativas ao ordenamento estético-formal de elementos textuais e não-textuais que compõem peças gráficas destinadas à reprodução com objetivo expressamente comunicacional.” (VILLAS-BOAS, 2003:7)
De acordo com Silva (2002, p. 100) citado por Maurício (2010, p. 45) “Design é o processo criativo, inovador e provador de soluções para problemas de produção, problemas tecnológicos e problemas económicos, como também, para problemas de cunho social, ambiental e cultural.”
“ (…) o design não prescinde de uma metodologia própria e intencional, ainda que não formalizada academicamente.” (VILLAS-BOAS, 2003:22)
Vários aspectos são envolvidos, apesar da diferença na formulação dos conceitos sobre design gráfico, no entanto, palavras-chaves, como: conhecimento, solução, criatividade, inovação, ordenamento, comunicação, entre outros conduzem-nos a compreender o design como um vasto campo de pesquisa, o que na verdade torna-se o elemento vital de todas ciências e inevitavelmente do design, que é uma área relativamente nova (se quisermos a considerar como área profissional e de pesquisa) e muito ligada aos recursos oferecidos pela tecnologia.
A pesquisa em design conduz à formação de especialistas na área, dá um grande contributo na educação e formação, para além de apoiar no treinamento de contínuo de novos profissionais. Os pesquisadores ligados ao design procuram trazer novas formas de solucionar problemas, e não soluções mecânicas e baseados apenas em máquinas, contribuem socialmente e academicamente com produção textual, entre artigos e livros, fazem reflexões sobre atividades da área, experiências e estudos, procuram explicar determinados eventos sobre os assuntos relativos a sua área de ação.
A pesquisa permite uma continua descoberta de outras formas de fazer design no mundo atual. “(…) como por exemplo a aplicação da biónica no design, levando em conta que os resultados encontrados pela natureza são os mais eficientes (…) (FAGGIANI, 2006).
O design não pode ser compreendido apenas como execução, mas como um caminho, uma forma de resolução de problemas que obedece a uma certa metodologia, que por si só está intimamente ligada a pesquisa, favorecendo não apenas a atual sociedade pela partilha de conhecimento, mas também a criação de um acervo cientifico para as futuras sociedades e profissionais da área. A pesquisa não se limita apenas na descoberta, mas também na posterior sistematização permitindo uma difusão organizada de informação e de conhecimento, traçando novos caminhos para a existência de um design funcional e mais consciente.