O filme “Urso do pó branco” é uma das maiores viagens dos últimos anos, sem ter que pensar duas vezes. E se você é amante de um bom besteirol como “American pie” entretanto melhor escrito e dirigido, esse filme vai te divertir bastante. Enquanto assistia ao filme, me vieram vários pensamentos e sentimentos: alegria, confusão, tensão e medo. Pois, o filme é uma salada de fruta da boa no meio “trash”. O título dado ao longa metragem, casou perfeitamente, pois o urso é a estrela branca que ilumina e amedronta a história. A premissa que inicia essa louca narrativa, é que em certo dia, um traficante começa a jogar bolsas cheias de cocaína, enquanto sobrevoa uma floresta nos Estados Unidos (não vai terminar bem para o traficante), após isso, um urso preto acabara por consumir e ficar viciado no produto ilegal, virando um super urso furioso em busca de saciar seu vício. E que acabará por esbarar numa família, alguns traficantes, e a polícia (núcleo importante do filme) e os mesmos terão que sobreviver ao ataque desse urso drogado.
Falando um pouco sobre os humanos que irão nos guiar nessa trama com o ursinho carinhoso, temos Sari (Keri Russel), mãe de Dee Dee (Brooklynn Prince) e seu amigo Henry (Christian Convery), que por conta de uma briga/trolagem com sua mãe vão parar na floresta e são atacados pelo nosso amigo. O segundo grupo principal são os traficantes Daveed (O’shean Jackson Jr.) e seu amigo, e filho do chefe da (gangue) Eddie (Alden Ehrenreich), além do chefe Syd (Ray Liotta), que estão em busca de sua mercadoria milionária. O terceiro e último grupo, são os policiais Bob (Isiah Whitlock) e Reba (Ayoola Smart) que investigam o caso das drogas. Os demais personagens são só escadas para piadas no filme e mortes brutais, então não vale a pena citar. Os adultos principais têm boas atuações, mas quem se destaca mesmo, depois da estrela do filme (o urso), são as crianças, elas têm muita presença, carisma, boas cenas e falas que fazem a gente se apegar e amá-los cada vez mais.
O roteiro ficou nas mãos do diretor “Jimmy Warden” que ao pesquisar, me deparei com outro trabalho seu, o filme “A babá” da senhora Netflix (que também fez um maior sucesso), e abriu minha mente, porque as piadas e narrativa são bem simples, mas funcional e totalmente exageradas. Já a direção, ficou nas mãos da maravilhosa “Elizabeth Banks” que já atua como diretora a algum tempo, por exemplo, no “remake” das “Panteras”, e ela faz um bom trabalho, utilizando de planos próximos. Ademais, fechados nos momentos de tensão, planos inteiros para mostrar como o urso é grande e forte. Ademais consegue conduzir e transitar bem entre os momentos tensos e que exigem passar medo, e os engraçados, essenciais para o “time” cômico (senão, o humor não funciona).
Por fim, o “Urso do pó branco” é um bom filme no que se propôs a ser, então vá de mente aberta, e sem usar razão ou lógica para tentar compreender coisas que não tem explicação lógica. A história é fechadinha, funcional e divertida, quase um aviso ao não consumo de cocaína em formato de filme, mas não é perfeito. Provavelmente você não irá rir o filme inteiro, pois algumas piadas são mais voltadas a cultura dos EUA, principalmente para mim que assisti legendado. Talvez, a experiência ficasse melhor dublada em PT-BR, já que iria adaptar as piadas para a nossa cultura. Então se você gosta de filmes de comédia “no sense” e exagerada, o filme do urso do pó é uma boa pedida e vale o ingresso, pois tem tudo que um bom filme “trash” precisa. Cenas engraçadas, extremamente violentas e muito “no sense”. Além disso, para finalizar, o filme é dedicado ao ator “Ray Liotta” que faleceu em maio de 2022,e que deixou sua presença em mais um filme que provavelmente irá se tornar “culte” e lembrado pelo público por algumas gerações.
