Lançado no dia 19 de abril na Netflix!
O episódio especial em comemoração aos 30 anos da franquia “power rangers” trazido pela Netflix é uma explosão de nostalgia para os amantes das versões ocidentais dos tokusatsu japoneses ou se você foi uma criança que cresceu assistindo ao programa nos anos 90. Todavia, também é uma singela homenagem aos atores que já passaram pela série e não estão mais entre nós. Dando um destaque maior para os atores Thuy Trang (Trini) falecida desde 200, e o nome mais famoso do ‘show’ Jason David Frank (Tommy Oliver) que faleceu no ano de 2022.
O episódio começa frenético, e a princípio, sem explicar muita coisa do que está acontecendo. Os Rangers clássicos estão enfrentando o que seria uma Rita versão (robô) que começou a causar destruição na cidade de Alameda dos anjos e os protetores tiveram que voltar a ativa. Contudo, um trágico acidente acontece, e a ranger amarela acaba sendo morta pela vilã, que após isso vai embora, deixando seus companheiros desolados e sua filha adolescente órfã querendo vingança pela perda da mãe. Após esse triste evento, um ano se passa e os rangers se renuem para visitar o túmulo de Trini, mas a vilã reaparece com novos monstros e captura 3 dos 5 integrantes restantes para realizar seu plano maléfico, a partir disso, Billy (David Yosy), Zack (Walter Jones) e a filha da ranger amarela (Charlie Kersh), tem que se organizar para derrotar a temida vilã.
Bem, tirando a nostalgia, que é o ápice do episódio, infelizmente não tem nada de muito diferente do que tem sido feito na franquia durante esses anos todos. A estrutura é a mesma, apresenta o vilão, um drama moral a ser debatido, uma resolução rápida sem muita dificuldade e final feliz para todos. Os efeitos visuais são bem simples, igual ao da série clássica, porém um pouco mais refinados, não sei se foi proposital ou, porque o orçamento era pouco, mas eles conseguem fazer o simples mais funcional. Os personagens, nós já conhecemos, então não perde tempo apresentando, porém, isso pode deixar as coisas um pouco apressadas e rasas, principalmente por termos uma nova personagem a ser desenvolvida (que também é feito de forma rápida e superficial, infelizmente). Ademais, se você gosta de “easter eggs” o especial tem de sobra. Ele foi feito para isso, desde locais nostálgicos, personagens, itens e por aí vai. Um ponto positivo, é que mesmo com um roteiro simples, eles mantiveram a linha narrativa e cronológica estabelecida nos seriados anteriores, o que demonstra um carinho e cuidado com o material produzido.
Em relação às atuações, não tem muito o que ser dito, foi o básico, nada a ser exaltado. Principalmente que os atores, David Yost, Walter Jones, Catherine Sutherland, Steven Cardenas, Karan Ashley, Johnny Yong estavam reprisando papeis que já conhecem bem, contudo o roteiro simplista não ajuda a exprimir o potencial de atuação que eles poderiam mostrar. A direção ficou nas mãos de Charlie Haskell que já trabalha como diretor há um bom tempo, entretanto, em filmes pequenos e outras temporadas de “power rangers”. Ele não consegue inovar tanto, mas faz cenas de ação dignas da franquia e o feijão com arroz básico. Apesar que me incomodou algumas cenas de rotação que ele utiliza em algumas cenas de ação.
Por fim, mas não menos importante, o episódio comemorativo, acaba ficando só como mais um episódio de “monstro da semana” como diriam os fãs da obra, mas consegue cativar pela nostalgia, pelas referências e pelo principal, o carinho dos envolvidos na produção e pela bonita dedicatória aos seus colegas de elenco que partiram e amavam o programa, assim como os fãs, que também demonstram amar. Se for assistir, vá com a mentalidade de uma criança, e o coração aberto. Se for assistir usando pensamento crítico, vai se frustrar e dizer que perdeu uma hora da sua vida, assistindo coroas usando roupas justas.
