Dentre as várias especialidades do design, o design de superfície atua em projetos que fazem o tratamento de superfícies através de composições que envolvam cores e formas. Ele é bastante aplicado no setor têxtil, na estamparia, como nos exemplos abaixo.
A tendência do mercado atual é a da customização e a criação cada vez maior de opções de escolha. Isso afeta também os projetos de design de superfície. A indústria têxtil, por exemplo, lança no mercado de 300 a 400 novas estampas a cada três meses. Diante desse desafio que se apresenta, seguem algumas das competências necessárias para um designer que trabalha com o tratamento de superfície, das quais se destacam:
- Capacidade de gerar ideias múltiplas e originais.
- Hábito da pesquisa.
- Estratégias de composição visual.
- Seleção, organização e sistematização da informação.
- Compreensão do contexto em que o produto está inserido.
- Consciência ecológica.
Através da articulação dessas competências, o designer garante a visão completa do projeto.
No design de superfície, a criação dos elementos visuais e a forma como eles se arranjam sobre o fundo fazem possível o êxito no trabalho. A organização dos elementos visuais, que também podem ser táteis, garante a propagação do módulo, dando ritmo e unidade ao suporte.
Num setor tão competitivo como o têxtil, agregar valor ao produto significa conquistar a preferência de quem busca produtos diferenciados. Para isso, o designer atua de forma determinante, trabalhando na customização do material. O seu trabalho é desenvolver produtos que toquem o mais fundo possível no seu público, de maneira que cada indivíduo tenha a sensação de que aquele produto foi criado para ele. Isso tudo casado com todas as questões envolvidas no desenvolvimento de um produto, e de forma que os métodos utilizados não encareçam em demasia o produto final.
Fonte: Design de superfície, Evelise Anicet Rüthschilling, 2008.
Gisele Monteiro