Design Design é como música, você já percebeu isso?

Design é como música, você já percebeu isso?

Por Victor Maia

Quem estuda ou já estudou música sabe muito bem que a dinâmica de criação no design é muito semelhante à música. Você deve se perguntar como assim, certo? Explico minhas ideias através de observações, por isso não posso afirmar que são verdades universais, mas que fazem algum sentido em relação aos fatos observados.

 

Música como fonte de inspiração

 

Já observou fotos e/ou vídeos de setores de criação, seja de escritórios de design ou agências de comunicação, como que existe uma unanimidade entre os criativos para com os fones de ouvido? Sim, temos a ideia de que uma determinada música pode afetar nosso humor, facilitando o desenvolvimento de determinado tipo de tarefa e como sabemos, o ser humano é um ser musical.

O ser humano é um ser musical devido a fatores psicologicos que o som desperta em nós. A música, o som, tem capacidade de nos levar a locais que já estivemos, viver sensações passadas e até mesmo despertar o nosso humor, ou seja, é algo muito poderoso. Capaz de despertar a total empatia ou total desgosto.

 

Relações musicais

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A forte relação existente entre o design e música pode ser entendida melhor através da teoria da Profª. Betty Edwards, autora do livro “Desenhando com o lado direito do cérebro”.

A teoria se estrutura da forma em que a música, assim como outras atividades “criativas” estimulam o lado direito do cérebro e ajudam a transportar para este lado emotivo toda a capacidade cognitiva do momento. Então, como nós designers trabalhamos com cores, formas e tons, ao ouvirmos uma música o cérebro reforça a mensagem de que aquele momento é mesmo de sair do verbal, do analítico e do processual e completamente racional, características essas do lado esquerdo do cérebro. Este fator ajuda a entender um pouco melhor porque tantas atividades criativas combinam tão bem com uma boa música, seja do estilo que for.

 

Entendendo essas relações

 

• Composição: quando um músico compõe uma música, um semitom (bemol ou sustenido) no lugar ou fora do lugar, faz toda a diferença no resultado final. O designer também faz composições, mas elas são visuais. As cores, as formas e a maneira como tudo é organizado no espaço são fundamentais para transmitir corretamente a mensagem pretendida, caso algo não se encaixe da forma pretendida o projeto pode tornar-se um total fiasco.

 

Exemplo de trabalhos que utilizam bem alguns conceitos musicais.

Exemplo de trabalhos que utilizam bem alguns conceitos musicais.

 

• Cores: o designer trabalha com uma lógica de para a paleta de cores e vai transformando aos poucos, até chegar numa combinação adequada para o resultado final do projeto, ou seja, atrair e orientar a direção do olhar, fornecer a temperatura adequada ao suporte da mensagem, e por que não dizer, da própria mensagem.

O músico é capaz de mudar as “cores” da música de acordo com a altura, o timbre e os arranjos que faz. É possível deixar uma música mais saturada ou mais monocromática ou em tons de cinza. Por isso pense nas músicas mais românticas, mais elétricas e também nas músicas tristes; foi nessa teoria que o blues se apoiou e criou a sonoridade uma sonoridade única.

 

Mais um exemplo utilizando de forma consistentes os conceitos musicais no design.

Mais um exemplo utilizando de forma consistentes os conceitos musicais no design.

 

• Ritmo: projetos visuais – seja gráfico ou de produto – tem que ter ritmo, isso é básico e ajuda a estruturar a lógica projetual. Se o design não tem ritmo o olhar não é estimulado a percorrer a mensagem toda na velocidade adequada para transmitir os significados. Design sem ritmo fica sem graça, não segura o olhar, torna-se frouxo. Música sem ritmo vira barulho, ruído. Simplesmente barulho, sujeira sonora.

Da próxima vez que você for criar, experimente colocar uma música, instrumental – clássica ou não – e você se surpreenderá com os resultados.

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