Existe no Brasil um conceito que direciona o design para uma significativa área de atuação, porém limitada quando comparada com a importância que o design é para negócios. A ordem visual que apesar de ser sem dúvidas, uma grande área ou pilar é uma das muitas possibilidades estratégicas que o design atende, o fato é que o design vai muito além da comunicação visual, produto ou interface ele abrange áreas estratégicas, negócios e gera resultados. Com design atuamos na gestão, planejamento, cultura e estrutura organizacional, analisamos e entendemos usuários, mapeamos fluxos, trabalhamos de modo conceitual, entregamos soluções de ordem visual como citado e principalmente com solução de problemas complexos. O Designer precisa de metodologia, dados e processos para trabalhar e com eles uma efetiva possibilidade de entrega de resultado baseado em dados concretos para entregas efetivas.
Segundo a consultoria McKinsey & Company, empresas que se comprometem com o design tem uma receita duas vezes maior quando comparada com as que não investem, as empresas onde o design foi trabalhado de modo efetivo em sua cultura, puderam gerar 32% a mais de receita e obtiveram 56% mais retorno para os acionistas em um período de cinco anos, já a WeDoLogos em uma pesquisa, identificou que 89% das empresas entrevistadas afirmaram ter aumento em seu faturamento ao investir em design que abrange processos criativos, operacionais e de gestão, busca analisar as receitas e custos para tomada de decisão, pensa na experiência do usuário em todos os aspectos de uso, seja antes, durante ou depois em sua jornada, aspectos emocionais e físicos. Uma empresa que compreende o pensar como designer com olhar para processos metodológicos em busca de solucionar problemas, abrangendo para outros setores da empresa esta visão, descentralizando do marketing e setor de comunicação permite ganhos imensuráveis para o negócio. Quando falamos sobre pessoas, o designer precisa de skills e conhecimentos direcionados e entender todo o processo e necessidades deste usuário é essencial para atingir os resultados, afinal deisgner trabalhada para pessoas. Por exemplo, podemos usar o chamado Golden Circle ou círculo de ouro de Simon Sinek como uma ferramenta simples para mapear uma empresa, um modelo que se aplica ao processo de inovação centrada no ser humano. Analisamos aspectos que vão além da “função”e “estética” tão trabalhadas pelo designer e direcionamos nosso olhar para as necessidades emocionais do usuário, “o que?”, “como?” e “porquê?” são perguntas que o designer precisa responder na mesma intensidade de qual cor, família tipográfica, ferramenta ou material usar para definir determinado produto. Trazendo por exemplo para uma realidade de negócios, precisamos nos questionar “o que” a empresa entrega com seus colaboradores ao mercado, “como” é feito e quão é bem-feito aquilo que é entregue, neste ponto saliento a análise sobre o que faz o consumidor ir nesta e não em outra empresa e o “porquê” que a empresa dedica tempo e investimento para fazer àquilo que faz.
O designer é antes de tudo um solucionador de problemas, estrategista imaginativo e precisa abranger em seus conhecimentos metodologias, processos, estruturas organizadas para atingir seus objetivos sejam eles visuais utilizando de conceitos de UI, UX, Design gráfico ou produtos e de gestão conhecendo sobre negócios, branding, Design Thinking, técnicas de ideação, entrega de protótipos validados e outras possibilidades gerenciais para elevar negócios, trazer resultados empresariais e garantir assim desenvolvimento sustentável, por exemplo, ao permitir que empresas continuem ativas que geram emprego e entregam valor para os usuários e consumidores.