Olá, leitores.
Hoje um post com cara de retrospectiva.
Semana passada, quando comemorou-se (?), o dia do trabalhador no Brasil, tivemos pelo menos 3 grandes corporações mundias atualizando suas imagens corporativas.
Atualizar-se é sempre interessante, seja para transmitir um novo posicionamento ou para atingir de maneira mais efetiva determinado público e, ao mesmo tempo, modernizar-se.
Mas, vamos aos cases.
Bacardi
A Bacardi volta no tempo, mais precisamente entre 1900 e 1931 e utiliza no Morcego do seu novo símbolo os desenhos daquela época, feitos para a marca. O projeto busca a fidelidade da herança cubana e espanhola representando a boa sorte, e a unidade familiar.
O logotipo também foi atualizado, influenciado pelo estilo Art Deco cubano entre o final dos anos 1920 e 1930. O exemplo mais famoso deste estilo Art Deco é o antigo escritório de vendas da marca em Havana, conhecido como El Edificio Bacardi.
Símbolos são sempre tarefas difíceis de desenhar e emplacar. É necessário explorar muito bem os pontos de contato para que um símbolo possa ser o carro chefe e, muitas vezes, vir a ser a identificação visual principal da corporação, como acontece com outras marcas como Nike, Apple e, recentemente, a Starbucks. Quem sabe a Bacardi não esteja caminhando pra essa linha, visto que o logotipo está resolvido de forma bem masi simples que o anterior, com a tipografia sem-serifa por exemplo.
Gosto dessas atualizações que buscam às origens da empresa. É uma forma de (re)encontrar a verdadeira essência da marca e, por que não, deixar mais claro o seu posicionamento.
PayPal
Redesenhada para transmitir “maior legibilidade e reconhecimento”, a nova Identidade do Paypal traz linhas mais simples, um entendimento mais rápido sem dúvidas e, uma aplicação melhor funcional nos ícones de smartphones e tablets.
A própria empresa diz que “…a nova identidade de marca flexiona para caber todos os tamanhos de tela, desde wearables e móveis para os maiores, TVs planas de alta definição. Vai ser mais legível e reconhecível em ambos os tipos e cores e facilmente estender-se a ser usado em todo o olhar/sentir de vários sistemas, e nos 193 mercados que servimos no mundo todo…”
Sobre o símbolo, a conexão, explicada na sobreposição dos dois “P” é um princípio motivador por trás do redesign, que é a conexão com o dinheiro, com as pessoas e entre as pessoas. Foi importante para evocar conexão que era humano e acessível, não muito técnico.
Mantendo um ponto visual bastante reconhecível na identidade anterior, a inclinação tipográfica para a direita no logotipo continua, em menor grau. Mas a substituição as letras “a” não me pareceu, pessoalmente, melhor resolvida estéticamente que a anterior. Mas não dá pra negar que, transmite de melhor maneira o posicionamento assumido, que é a facilitação nas transações, com estes “a” desenhados de maneira mais simples e indo ao encontro dos “desenhos de letra que aprendemos na escola.”
Como forma de facilitação, a nova Identidade é bastante fiel ao seu posicionamento. Esteticamente, algumas pessoas com que falei, preferiam a anterior, talvez por estarem acostumadas. O azul também é um ponto forte na identidade, e ele ameniza esse processo de acostumar-se com a nova marca.
New York Times
Uma grande ideia. Uma grande sacada. O logotipo do clássico jornal, que transmite ímpar seriedade e tradição, empresta a sua primeira letra para que, a partir dela, fosse desenhado um ícone que indique o novo serviço do jornal: um hub de vídeos.
Muitos profissionais e estudiosos, afirmam que o jornal impresso está morrendo e que o investimento em conteúdo jornalístico na forma de vídeos, justifica o investimento dos jornais nesse tipo de plataforma. Eu prefiro enxergar apenas como uma nova forma de interação do público, fortalecendo o produto impresso.
Aqui, o “T” sofre uma alteração em sua forma, onde uma de suas partes é alterada para que se tenha a forma do ícone de “play”, o triângulo apontando para a direita.
Mantém-se a tradição, a simplicidade e a força desta marca gráfica, algo difícil de ser feito em um redesenho. E não substitui o jornal. Pelo contrário, a marca ganha mais um forte produto.
E vocês, caros leitores, o que pensam sobre estas evoluções?
Até a próxima e um abraço.
Referências:
http://www.brandemia.org/bacardi-redisena-su-marca-volviendo-sus-origenes
http://www.brandemia.org/paypal-redisena-su-imagen-de-marca
http://www.brainstorm9.com.br/48513/design/new-york-times-adapta-seu-logo-para-conteudo-em-video/
http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/perca-o-nome-e-se-torne-um-icone