Design Google Vs Facebook: quem ganha essa briga?

Google Vs Facebook: quem ganha essa briga?

Por Diogo Mattos

Há bastante tempo vemos dois gigantes da Internet brigando por mercado, mas Google e Facebook vem superando todas as expectativas e mais algumas em um curto período.

Acredito que todos tenham acompanhado nesta última Segunda-feira, 10, a modificação de propriedade do Google, anunciada por Larry Page no blog da empresa.

O nome permanecerá e nada será alterado quanto a isso, o que muda é que agora todas as outras organizações que eram ligadas ao Google, mesmo que não estivessem no mundo virtual, estarão sob a chancela da holding “Alphabet”.

Sundar Pichar, do Google India, assumirá a vaga de Larry na América do Norte.

Sundar Pichar, do Google India, assumirá a vaga de Larry na América do Norte.

O novo conglomerado será comandado por Larry, um dos fundadores do buscador, que se denominará CEO e Sergey Brian (co-fundador da rede de pesquisa) será o presidente.

Aí você me pergunta, mas e a nova estrutura, como fica? Foi exatamente para explicar isso que o Business Insider criou um infográfico, que você pode conferir abaixo.

A nova estrutura da Holding Aphabet

A nova estrutura da Holding Aphabet

Como você pode ver, todas as atividades do Google a partir de agora serão controladas pela Alphabet, incorporando também seu centro tecnológico, o X Lab, as operações de pesquisas científicas e tecnológicas e seu centro de investimentos.

Google X Facebook

Há muito tempo eu venho observando na Internet a briga boa rolando entre Google e Facebook e as sacadas que cada um trás para competir com o outro. Um duelo bem divertido que quem sai ganhando, em tese, é o consumidor.

Ao mesmo tempo acho graça porque há bem pouco tempo disseram que o mega buscador da web ia acabar, e agora ele vem com mais essa que mais parece um soco no estômago.

Digo soco não para o Facebook, pois ele já provou que nada o abala, apesar das críticas fortes a suas últimas decisões e dos boatos de que também ia deixar de existir. Mas ao público que acabou falando demais.

Para criar a Alphabet, Larry justificou no blog da companhia que o Google tinha projetos paralelos muito além dos serviços de Internet e era necessário um guarda-chuva para abriga-los.

Quando soube disso me lembrei dos episódios de Chapolin Colorado, quando ele falava “vocês não contavam com a minha astúcia”.

A Evolucão das duas marcas

No período de um ano apenas, o Google teve um crescimento de 11% no seu lucro líquido desde o último ano. Isso inclusive é o que o mantêm no topo da lista das maiores empresas de mídia, segundo publicação de Maio deste ano da Zenith Optimedia.

Por outro lado, o Facebook recentemente anunciou sua ferramenta de vídeo live para famosos, que podem fazer uma selfie transmissão para seus fãs em tempo real.

Além disso, mudanças na incorporação de vídeos direto na rede e alterações constantes e significativas na administração de fanpages. Isso sem falar na compra do Whatsapp ano passado e no que seja lá o que for que o Sr. Zuckerberg esteja preparando para nós.

O fato é que a briga é de gente grande e o usuário fica mais perdido do que pinto no lixo nessa história toda.

Talvez por não haver ganhador e nem perdedor, apenas consumidores receosos em saber o que é relevante ou não para o seu uso diário dos dois meios.

O marketing do Google

Google

Mas a real mesmo é que nesse buzz todo tem um caroção de auto promoção do buscador, pois para o consumidor o Alphabet não acrescenta nada. É apenas uma mudança interna que eleva a autoestima de quem quer faturar mais dinheiro.

Isso me faz questionar também para onde vão os valores das marcas? Será que eles ainda tem algum significado para elas em meio a esse turbilhão todo?

Um dos colunistas da Marketing Week, que também é especialista em marcas, Mark Ritson, disse em entrevista concedida á Business Insider que essa revolução toda não significa nada, senão uma velha técnica chamada “arquitetura de marca”.

Numa analogia, Ritson sugere que nessa técnica existe uma casa e dentro dela vários elementos pertencentes. Sendo assim, o importante não é a marca da casa, mas sim as marcas que habitam essa casa.

Trocando em miúdos o que ele disse, entendemos que um nome de impacto como esse apenas chama a atenção para esconder algumas sujeiras que podem estar debaixo do tapete.

Foco no consumidor: será?

Sabemos muito bem que o capitalismo não vai mudar, e as leis de mercado muito menos. Entendemos também que a concorrência saudável e o marketing inteligente é mais do que válido.

Só acho desleal quando fica tudo muito declarado e artificial, e aí surgem “inovações” que não alteram nada e portanto não se tornam úteis ao usuário.

Não vou citar nomes porque a intenção desse post não é atacar ninguém, mas defender uma tese e propor um argumento para debate.

Há bem pouco tempo se falava em orkutização do Facebook, termo ao qual concordei em parte, pois o Orkut foi bom enquanto durou e tinha muita coisa de utilidade pública lá também.

Mas aí eu acho que o camarada Mark acordou e percebeu que o caminho estava errado, tomando atalhos. Deu certo e sua rede foi subindo o interesse novamente.

Conclusão

Enfim, para concluir, acho importante deixar claro novamente que não estou tomando partido nenhum, apenas analisando o que fica dessa briga e convidando você, caro colega, a refletir sobre até que ponto essas novidade dos dois são boas para nós.

As empresas certamente enxergam as oportunidades, mas e os usuários comuns que apenas querem acessar as coisas e não estão inseridos na disputa?

Acho que não tem melhor forma de terminar do que lembrar a canção dos Titãs (ok, não sou muita fã deles como antes, mas essa vale): “Homem primata, capitalismo selvagem”.

E você, o que acha dessa competição?

Confira também

Deixar um comentário

Portal Design Culture

O Design e a educação movem nossas vidas.

Orgulho de ser de Pernambuco.

Uma empresa embarcada no Porto Digital

Hospedado na Imaginare Digital.

inspiração Em seu e-mail

© Portal Design Culture 2024  – Termos de uso e política de privacidade

Layout por: Estúdio IP/M

Desenvolvido por: O Plano A