Desde a sua estreia nos quadrinhos, no longínquo ano de 1962, o Homem-Aranha encanta várias gerações de leitores. Muito desse sucesso se deve à empatia que o público sente em relação à criação de Stan Lee e Steve Dikto. Afinal, Peter Parker é um super-herói ‘gente como a gente’: um jovem comum, enfrentando todos os desafios que a adolescência impõe, enquanto é alçado à condição de herói num mundo onde deuses, monstros e superseres são uma perigosa realidade. No novíssimo Homem-Aranha – De volta ao lar (Spiderman – Homecoming, EUA, 2017), que entra em cartaz nesta quinta, 06 de julho, todos os elementos que fazem do amigão da vizinhança um dos principais personagens da Marvel estão presentes, inclusive a música tema do desenho animado de 1967.
Para efeitos de localização no espaço-tempo do Universo Marvel Compartilhado, somos apresentados a Adrian Toomes (Michael Keaton), um empreendedor que enxergou uma excelente oportunidade de lucro na reconstrução da cidade nos dias que se seguiram à chamada Batalha de Nova York. Depois de ter sua empresa tirada dos negócios, ele se torna o vilão Abutre e passa a criar armas a partir dos destroços da frota Chitauri. Então, 8 anos se passam.
Depois de ter a origem do Homem-Aranha contada em duas diferentes franquias cinematográficas e já tendo introduzido o personagem no Capitão América 3 – Guerra Civil, o roteiro toma a esperta decisão de nos reapresentar o herói em um videoblog gravado pelo próprio Peter Parker (Tom Holland) nos bastidores da sua participação no filme anterior. Em poucos minutos, vemos toda a empolgação do herói em formação e a admiração que ele tem pelo seu mentor, Tony Stark (Robert Downey Jr.).
Enquanto tenta provar o seu valor e entrar na equipe dos Vingadores, Peter enfrenta diversos perigos no ambiente escolar, como a implicância de valentões, as provas semestrais e a falta de jeito com as meninas. E o faz com a ajuda do amigo Ned Leeds (Jacob Batalon) e os conselhos de Tia May (Marisa Tomei).
Apesar de a adição do Homem-Aranha ao Universo Marvel ter sido tardia, o roteiro foi muito bem construído sobre os escombros de filmes anteriores. Tanto a origem do Abutre quanto a motivação do nosso herói são bem justificadas e de fácil entendimento, mesmo para aqueles que não têm toda a filmografia Marvel na cabeça. O Abutre, inclusive, mostra-se um excelente vilão, como há muito tempo não vemos nos filmes da Casa das Ideias.
Assim como nas outras aparições do Cabeça de Teia nas telonas, aqui também temos cenas de ação antológicas, como o resgate no obelisco de Washington, a cena na balsa ou a luta em cima de um avião. Os efeitos visuais estão incríveis, sobretudo nos uniformes do Aranha e do Abutre. Mesmo tendo passado tão pouco tempo desde o último filme do personagem, a produção consegue trazer surpresas ao herói, com a adição de personagens ainda não explorados.
Antes de sair pela cidade, balançando-se em teias em direção ao cinema, dê uma conferida no trailer: