A solidez de uma empresa está muito ligada a identidade visual da empresa, e esta é possivelmente a única e mais acessível forma para os potenciais clientes se relacionarem com ela. Péon (2009) define o sistema de identidade visual como sendo um “sistema de normalização para proporcionar unidade e identidade a todos os itens e apresentação de um dado objecto, por meio do seu aspecto visual”.
A identidade visual de uma instituição normalmente deve estar ligada a cultura institucional, e de algum modo contar a história da empresa e fazer perceber através dos elementos de comunicação em o que ela acredita e a sua visão em relação ao futuro. São vários casos em que empresas decidem actualizar a sua identidade visual e se reposicionar, de modo a irem de acordo com os seus objectivos ou quando fazem alguma mudança significativa no seu núcleo que exija uma transformação radical na forma como elas comunicam.
Entre os elementos e a mensagem
As escolhas dos elementos que fazem parte da identidade visual deverá estar intimamente relacionada com a personalidade da empresa. É claro que o estilo e os gostos do designer poderão de algum modo interferir, os estilos e as tendências são aspectos que poderão ser observados para enquadrar a identidade visual em determinado lugar e tempo.
A mensagem visual deverá estar associada a mensagem escrita. O sentimento que a mensagem visual desperta e proporciona ao leitor visual precisa complementar e fazer acreditar a este que trata-se da mesma linguagem e a fonte, o emissor é o mesmo. A tipografia apresenta diferentes variantes, e cada uma deve ser experimentada e sentir o que transmite associada às cores e formas. O texto por si deve carregar um conceito que não dá continuidade a forma como a comunicação está a ser direccionada.
O sistema de identidade visual associa cores, forma e tipografia como elementos principais na comunicação. Cores berrantes não funcionam se associadas a tipografias formais e light. Uma cadeia que se relaciona entre si e que gera impacto deve fazer uma combinação integral, e é a isso que chamamos de identidade visual corporativa. Reflectindo sobre a imagem da cidade, Lynch (1960) citado por Farias (2006) afirma que “As letras, números e sinais que encontramos no ambiente urbano podem ser entendidos, assim, como parte do discurso identitário e comunicativo da cidade (…)”
Os elementos visuais, todos eles fazem uma comunicação combinada e coordenada, eles se espalham por diferentes peças (impressas e digitais), transmitem um conceito presente verbalmente em uma mensagem que pode ser percebida através da visão. O sentimento é compreendido e assim fazemos uma associação entre o que ouvimos e o que vemos, tornando a marca poderosa e memorável.