Publi e MKT Marketing de guerrilha: definições, principais dicas e exemplos de sucesso

Marketing de guerrilha: definições, principais dicas e exemplos de sucesso

Por Bianca Azzevedo

Aprenda como divulgar seus produtos e serviços utilizando formas pouco ortodoxas de comunicação para proporcionar uma experiência única e prender a sua audiência.

Diante do grande aparato bélico dos EUA, o Vietnã utilizou a criatividade, o conhecimento do território e táticas de guerrilha para sobreviver à guerra e surpreender o inimigo. Esta estratégia inusitada inspirou o publicitário norte-americano Jay Conrad Levinson, no final dos anos 70, a criar o conceito conhecido como Marketing de Guerrilha.

Este conceito inovador, que vem crescendo mais e mais a cada dia, é focado em uma publicidade criativa, muitas vezes, pouco convencional, e às vezes até mais agressiva que outras formas de divulgação, porém com investimento baixo.

Num momento em que somos abarrotados diariamente com um monte de informações, e temos uma rotina que exige tarefas urgentes, somos obrigados a selecionar melhor o que merece ou não nossa atenção.

Desta forma, o marketing de guerrilha tem que ter essa percepção e ser tão chamativo que se torne impossível de ignorar, criando acima de tudo uma impressão duradoura na mente dos clientes.

Mais ainda, o foco é provocar uma reação no consumidor, talvez por fazê-lo reavaliar suas prioridades e hábitos pessoais, métodos de trabalho ou mesmo por “incomodar” um concorrente de modo direto.

Considerando a alta competitividade atual, o método se mostra essencial para que os consumidores enxerguem a empresa com outros olhos, reforçando sua imagem, agregando valor e possibilitando estabelecer um diferencial no mercado.

DICAS PRINCIPAIS PARA UM MARKETING DE GUERRILHA EFICIENTE

1. Conheça bem seu cliente

Conhecer detalhadamente os clientes atuais e até mesmo os potenciais clientes garante que sua campanha não falhe por entregar valores que não são do interesse daqueles consumidores.

Por isso, o principal é criar as personas (ou os perfis ideais de clientes) do seu negócio. Para tanto, é preciso estudar não só o mercado em que o cliente se insere, mas seus hábitos de consumo, valores, objetivos e necessidades.

2. Descubra os canais estratégicos para alcançá-las

De nada vale identificar a mensagem certa e não saber como entrega-la ao seu público. Excelentes plataformas de comunicação para o marketing de guerrilha são as redes sociais, já que elas proporcionam a viralização do conteúdo, conseguindo alcançar uma maior quantidade de pessoas em um curtíssimo espaço de tempo.

3. Fale a mesma língua que seu público

Para garantir uma campanha de sucesso, é importante que sua marca fale a mesma língua que seus consumidores. Se for algo mais descontraído ou mais sério, a linguagem precisa sempre estar de acordo com o segmento do negócio.

4. Não fuja das suas origens

O marketing de guerrilha não precisa seguir uma única fórmula. Já que a formula do sucesso é a versatilidade da comunicação, direcionada a públicos diferenciados. Contudo, não se deve fugir das suas origens: se o seu segmento permite uma linguagem mais leve e descontraída, siga esse caminho. Caso contrário, tente se adaptar conforme o necessário, a fim de que o resultado final continue sendo autêntico.

5. Estabeleça parcerias

No marketing de guerrilha, o co-marketing pode render bons frutos quando bem acertada. Essa ação, basicamente, é quando duas empresas se juntam para atingir um mesmo público, criando conteúdo e promovendo produtos que despertem o interesse dessas pessoas. O ideal é que todos os envolvidos saem ganhando com a iniciativa, nem que seja maior atenção para o negócio, por exemplo.

6. Seja autêntico

A criatividade e a originalidade devem andar de mãos dadas para chamar a atenção dos consumidores, desde que ambas estejam de acordo com seu negócio. Uma boa forma de evitar acusações de plágio e causar uma repercussão negativa é pesquisar exemplos e cases de sucesso de quem já vem fazendo isso no mercado.

7. Capriche na execução

Boa parte das campanhas de marketing que fracassam não falha no planejamento, mas sim na fase de execução. Por isso, após definir a melhor forma de atrair e impactar os clientes com uma abordagem original, é fundamental analisar ou repassar cada detalhe do que será preciso para tornar a ideia bem-sucedida.

8. Aposte na interatividade

O objetivo é criar uma experiência única para o público. Essa interação pode se dar em diferentes níveis. O primordial é que ela seja criativa e que ajude a construir uma percepção positiva para a marca.

9. Trabalhe bem as emoções

Para que a experiência seja memorável, ela precisa provocar reações e emoções nos consumidores. Novamente, você deve refletir quanto à importância do conteúdo estar adequado ao segmento e ao público. Se o objetivo é a divulgação de produtos, por exemplo, a abordagem pode ser feita de forma leve e informal. Já para retratar assuntos mais sérios e urgentes, as campanhas em tom igualmente sério podem ser a melhor solução.

10. Avalie os resultados

Como em qualquer campanha de marketing, é imprescindível acompanhar os resultados para fazer os aprimoramentos necessários e manter o sucesso da ação. Mesmo as ações de marketing de guerrilha se baseando na espontaneidade, elas não fogem a regra. Portanto, elas precisam ser mensuradas. Uma ótima maneira de começar é acompanhar a repercussão nas redes sociais.

Analisando o que é dito nelas através do boca a boca, você consegue ter insights quanto às percepções do público sobre sua marca. Vale destacar ainda que é interessante comparar os resultados obtidos durante a execução da campanha com o desempenho normal dos outros meses. Isso permite avaliar se a estratégia está no caminho certo ou não.

Cases de sucesso

A seguir, trazemos uma seleção de bons exemplos de marketing de guerrilha para inspirar seus projetos:

Coca-Cola X Pepsi

Desde que chegaram ao mercado, Coca-Cola e Pepsi rivalizam pela maior fatia de consumidores, não se limitando aos refrigerantes e estendendo a briga a segmentos como chás, sucos e energéticos. Acirrada, a disputa se reflete na mídia na forma de comerciais ousados. Anos atrás, a Pepsi lançou um comercial extremamente ofensivo à Coca-Cola, tanto que a marca recorreu à justiça e conseguiu suspender a veiculação da peça. Nele, a Pepsi mostrava um menino em frente a uma máquina de refrigerantes. Após retirar da máquina duas latas de Coca-Cola, o menino usa as duas embalagens como “degraus” para conseguir retirar, por fim, uma Pepsi.

Veja o vídeo da propaganda:

McDonald´s X Burger King

Burger King e McDonald’s também são oponentes de longa data. Uma das ações mais interessantes desse embate aconteceu em 2015, por iniciativa do Burger King. A rede enviou uma carta aberta — por meio de um anúncio na New York Times, um vídeo e um hotsite — ao concorrente, propondo uma “trégua”. A ideia era interessante: juntar os principais lanches das duas, o Whopper e o Bic Mac, na criação de um único lanche para celebrar o dia internacional da paz. O McDonald’s se negou a fazer a tal parceria. Mas isso não fez diferença, pois o Burger King havia conseguido o que queria, se colocando em uma posição de liderança, nobreza e empenho pela paz, e ainda prejudicando indiretamente a imagem de seu principal concorrente.

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Nescau X Toddy

Eventualmente, nas mídias sociais, os usuários criam “batalhas” entre as marcas, para saber qual a marca de achocolatado preferida dos consumidores. Os embates criam engajamento, mobilizam, acirram debates e conquistam grande repercussão nas redes sociais.

Em 2016, por exemplo, Isadora Marques Sueld criou um vídeo defendendo que Toddy era melhor que Nescau e postou no Facebook. Só no Facebook, a peça teve mais de 3,7 milhões de visualizações, com 21.000 curtidas e mais de 35.000 compartilhamentos. No Twitter, também, o assunto foi bastante comentado.

Aproveitando a deixa, o Toddy, marca predileta de Isadora, aproveitou o alvoroço do vídeo e criou uma peça publicitária inspirada na iniciativa de sua consumidora — e deu uma estocada a concorrente.

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Itaú X XP Investimentos

Incomodado com a concorrência, o Itaú Unibanco decidiu declarar guerra. Em uma campanha publicitária lançada recentemente, o banco ataca o modelo de remuneração dos agentes autônomos vinculados às corretoras. O principal alvo é a XP Investimentos, de quem o Itaú é dono de quase 50%.

Ao comprar a participação na XP em 2017, o plano do Itaú era adquirir o controle da companhia no futuro, mas o BC barrou a cláusula como condição para aprovar o negócio.

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Com isso, o Itaú se encontra hoje na curiosa condição de competir com a XP, ao mesmo tempo em que se beneficia do crescimento da corretora como acionista.

Em resposta, a XP disse que o modelo de remuneração é transparente.

Netflix

Para divulgar a estreia da nova temporada da série “Orange is the new black”, a Netflix, em ação surpreendente, transformou a fachada de um prédio em Paris numa prisão, cenário principal do programa.

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Outra ação extremamente oportuna foi durante um debate das eleições presidenciais nos Estados Unidos, na Carolina do Sul. A Netflix simplesmente criou um comitê de campanha para Frank Underwood, o personagem principal da série “House of Cards”, que é político.

Facebook

O Facebook e o Twitter vêm sofrendo um boicote que começou nas redes sociais, nos Estados Unidos, com algumas marcas e atingiu proporções maiores nos últimos dias.

Entidades ligadas a movimentos civis daquele país deram início ao movimento #StopHateForProfit (“Pare de Dar Lucro ao Ódio”, na tradução em português), para pressionar grandes empresas a retirarem suas verbas publicitárias das plataformas do Facebook por acreditarem que a companhia não vem atuando de forma eficaz para coibir os discursos de ódio publicados nas timelines.

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Por conta disso, o Facebook tem se dedicado a conversar com os anunciantes para ajudar a melhorar essa imagem. O próprio CEO da empresa, Mark Zuckerberg, falou com anunciantes sobre as práticas da rede social no combate à desinformação.

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Forte Abs, Bianca Azzevedo.

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