Design O design, equipa e interacção

O design, equipa e interacção

Por Mélio Tinga

Poder-nos-ia parecer um pouco que banal estarmos a falar do design e a necessidade do trabalho em equipa como parte indispensável na profissão. É verdade que as individualidades tem ganhado cada vez mais espaço, no entanto em muitos casos torna-se um ganho quando dois ou mais profissionais se associam e formam uma equipa, onde as diferentes ideias e suas experiências podem ser partilhadas, discutidas e encontradas melhores saídas, em equipe.

Quanto mais julgamentos um projecto de design sofrer, o resultado final será melhor, as decisões a serem tomadas produzirão melhores resultados, uma equipe, para além de aspectos técnicos e funcionais é capaz de levantar questões éticas e morais do projecto, questões culturais e sociais. Quando a quantidade de boas ideias for boa, teremos provavelmente a melhor ideia entre elas, que poderá ser aperfeiçoada em grupo, por consenso.

Os designers, quando trabalham entre si, um preenche a lacuna do outro, é necessário o envolvimento do usuário como parte, suas necessidades devem ser claramente entendidas, por isso que se transforma numa peça importante na busca da solução em equipa. Se dois profissionais se juntam a procura de solucionar um problema de comunicação, certamente que poderão produzir melhor do que quando o trabalho é individual, até porque, o design surge no contexto de trabalho em equipa, e existe cada vez mais necessidade de trabalharmos com os outros nos mesmos projectos, de aprendermos e ensinarmos o que sabemos.

As escolas actuais proporcionam debates para melhorar ideias e incutir nos estudantes a necessidade de ouvir e aprender do outro, o foco neste modelo para profissionais de design continua na vida profissional, já que isso implica procurar a melhor solução para o cliente, os ganhos não são para uma pessoa, mas para equipe como um todo. É preciso que os designers comecem a perceber que não são os únicos no mundo, e podem fazer parcerias com outros profissionais, porque não são génios, mas precisam do outro, precisam de partilhar suas ideias e experiências com o outro.

Da mesma maneira que aprendemos a adquirir uma certa linguagem, o design é uma linguagem, que todos aprendemos de formas diferentes, um mais rápido, outro nem tanto, outros se tornam profissionais, estudam… A nossa história é totalmente diferente da do outro, as condições de aprendizagem para pensar como designer que nos foram proporcionadas são diferentes, isso nos torna diferentes, os nossos conceitos são diferentes, as nossas crenças, a origem das nossas ideias, o tratamento de um problema de design é também diferente. Devemos procurar o outro para nos complementar, é necessário interagir com um, ou mais, é necessário formar equipes, trocar experiências, valorizar as outras práticas.

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