Fotolia O discurso negativo pode gerar sucesso

O discurso negativo pode gerar sucesso

Por Caio Régis

Não, você não leu errado! Em uma época em que todos dizem para você ser leve, e usar do discurso positivo para alcançar mais pessoas, estou eu aqui, te dizendo que não é assim. Vamos com calma, não estou falando sobre ódio, raiva ou repulsa em suas mais diversas formas. O discurso negativo (médio), está ligado ao ser humano desde sempre. Afinal, você conhece algum outro animal terrestre que consiga rir da própria “desgraça”, defeitos ou infortúnios? O que estou propondo neste artigo é uma desconstrução rápida sobre o que temos feito, seja profissionalmente ou na sua vida pessoal. Percebeu que tudo é extremamente artificial na mídia atualmente? Isso não é ruim, mas chega a ser “não humano” a ponto de incomodar. Beirando a hipocrisia. Mesmo assim todos percebem esses fatores como bons, porque foram apontados para serem observados assim.

Este é um estudo que tenho feito durante 2 anos, pois além de designer, desenvolvedor e empresário, sou antropólogo por paixão. Nomeei o fato de ser real, fiel e não adornado, como “discurso negativo (médio)”; médio porque existem outros níveis. Logo o “discurso positivo”, é o contrário. E escolhi o termo fazendo analogia aos filmes de fotografia, o negativo (sem tratamento ou manipulação); cru e real.

A artificialidade do discurso positivo na mídia (inconcluído redes sociais) gera um fenômeno interessante: a réplica do contrário. A pele tem que ser vistosa, o corpo tem que ser esbelto, as piadas tem que ser morais, o design tem que ser padronizado com a tendência do momento, os textos tem que ser irreais e positivos para serem bem aceitos. Ou seja, tudo não pode ter uma variância, relatividade, complexidade e acima de tudo, tem que parecer perfeito, logo não pode ser humano. Em contrapartida, temos um movimento contra essa “fôrma”. Vemos pessoas felizes como são, e aceitando que algo humano (quando digo humano, me refiro ao que você de fato pensa ou é, mesmo que não fale ou mostre), não é censurável. Este assunto é difícil de ser explicado em um só artigo, pois o discurso negativo (médio), não pode ser confundido com preconceito, discriminação ou bullying. E ele está, assim como a arte, correlacionado com as profissões da área de comunicação.

Nós abandonamos a “humanidade” para acreditar em algo que não vivemos de verdade. Essa é a premissa de que discurso negativo pode agir como um fator de sucesso: falar o que pensa, criticar algo que realmente não gosta, mostrar a realidade como é de fato, tem gerado tanto sucesso quanto as “photoshopadas” em um passado próximo, já gerou um dia. Vemos o discurso negativo (médio), chegando de mansinho, tanto na arte, design, propagandas, fotografias, e em vídeos. Principalmente por meio de vídeos, com falas eloquentes: você não notou como as “Youtubers” tem se mostrado cada vez mas sem maquiagem, e falando que é normal ter defeito? Ou melhor, nem dizendo isto, apenas mostrando. Estão um pouco mais sem filtro, “desbocadas”, pois essa a forma como falam no dia a dia. Já percebeu que a irreverência do que é mostrado como negativo chama a atenção, e seduz, mesmo que involuntariamente quem já está cansando “de mais do mesmo”. Pois é, seja a sua aplicação como for, em tudo existe uma balança.

Como já afirmei, a proposta do artigo é uma desconstrução, e quero fazer isso com uma colaboração de vocês. Deixe seu comentário com o seu parecer, este é um convite meu!

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