Design Princípios do design: Centro de interesse

Princípios do design: Centro de interesse

Por Filipe Leão

O designer de interiores utiliza os princípios do design como uma das suas ferramentas para elaboração de um projeto de interiores. Esses princípios são compostos por um conjunto de fundamentos, entre eles: harmonia, unidade, equilíbrio, ritmo, escala e proporção, direcionando o projeto para um resultado visual equilibrado e harmonioso, devendo ser considerado as necessidades dos usuários e aspectos dos espaços a serem projetados.

Um dos princípios do design é o centro de interesse, que pretende conduzir a percepção visual do usuário no espaço, a determinados pontos dentro da composição, esse pontos vão se sobressair no contexto geral da ambientação, acabando por chama a atenção e atraindo o olhar. O centro de interesse pode ser encontrado em algumas literaturas como focos visuais, ponto focal ou ênfase, mudando somente a nomenclatura e não sua essência.

A Arquiteta de interiores, Clarice Mancuso, em seu livro “Gestão de arquitetura de interiores” divide o centro de Interesse em quatro, sendo eles:

Centro de Interesse arquitetônico: São estruturas como pilares, vigas, lareiras entre outros que são aproveitados para destacar o ambiente, ressaltando sua presença com uma pintura ou revestimento ressaltando-o dentre os outros na composição. Muitas vezes esses elementos arquitetônicos são escondidos ou disfarçado, seu aproveitamento como ênfase, depende da proposta e necessidade do projeto.

No projeto do apartamento feito pelo escritório Casa 100 Arquitetura, o centro de interesse da cozinha são os armários em azul e a mesa em madeira, ficando a laje nervurada em segundo plano de interesse dentro da composição.

Projeto do escritório Casa 100 Arquitetura, foto: Quadra 2 Fotografia

Projeto do escritório Casa 100 Arquitetura, foto: Quadra 2 Fotografia

Centro de Interesse natural: Relaciona-se com a natureza, podendo ser constituído por: elementos internos sendo acrescentados através de plantas dentro do ambiente e elementos externos como uma vista de uma janela, dando para uma paisagem de um por do sol ou jardim, por exemplo, sendo necessário a interação entre o espaço interior com o exterior.

Projeto Arthur Casas

Centro de Interesse artificial: São todos os objetos ou peças de decoração que potencialmente podem chamar a atenção, por exemplo: poltrona, quadro ou uma luminária. Esse centro de interesse é o mais comum e simples, pois não necessita da presença de elementos arquitetônicos e naturais no ambiente.

Luminária Horse Lamp

Centro de Interesse ocasional: ocorre eventualmente em certos momentos dentro da ambientação, como uma mesa posta em um dia de festa, uma decoração de natal ou outro evento temático, sendo temporário e nesse período coexistirá como um dos outros centros de interesse.

Decoração Natalina (estilovero.com.br/inspiracao-natalina)

O centro de interesse deve ser algo bastante planejado, sendo baseado nas inspirações do cliente, deve se buscar equilíbrio para não trazer monotonia ao espaço com poucos centros de interesse ou o cansaço visual com bastantes centros de interesse, sempre tomando o cuidado para que os centros de interesse dentro do projeto não colidam e briguem entre si, mas se complementem para trazer harmonia ao espaço.

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