Processing é um software que vem sendo utilizado por milhares de designer e artistas gráficos. O seu uso é bem diverso, são vários os projetos que vem ganhando destaque em grandes exibições e museus como o MoMa e o Victoria e Albert Museum, em Londres. Processing vem sendo usado para criar projeções de espetáculos de dança e música, para gerar certos tipos de imagens em videoclipes e filmes, para exportar imagens para cartazes, revistas e livros, e para criar instalações interativas em galerias, museus e em espaços públicos.
Se você ainda não faz a menor ideia de quando foi utilizado o Processing. Taí alguns exemplos:
Nesse clipe do Radiohead – House of Cards. Que além de tudo disponibiliza o código para você criar o seu próprio video <3 Radiohead.
No famoso logo do MIT Media Lab.
Ou nessa video intalaçãozinha da Microsoft.
Um pequeno parênteses para deixar o site dessa galera que realizou a instalação – http://www.universaleverything.com – muitos projetos maravilhosos.
Espero que agora você já esteja encantado pelo Processing. Porém, o mais legal dele não é o resultado de alto nível que consegue se obter mas sim essa mudança que ele propõe. A maior aproximação de design e programação. O surgimento de uma geração de artistas visuais que consideram a programação uma parte essencial da sua prática criativa. Mas, acalme-se. Eu também não programo e ainda sou designer. Porém tenho me aventurado a estudar o software através de um dos muitos cursos disponíveis da web. O que muitos apontam como diferencial é que o Processing foi construído de forma diferente. A sintaxe da linguagem é simplificada e intuitiva o que permite aos designers experimentar com maior facilidade. Para nossa felicidade, além de tudo, é um software open source e com grande compartilhamento de códigos entre os usuários.
Outra utilização que tem ganho destaque para o Processing é a visualização de dados. Laboratórios de pesquisa de grandes empresas de tecnologia têm utilizado o software tanto para a prototipagem de interfaces quando para visualizar por exemplo como é o fluxo de interação entre usuários, como os links são compartilhados nas mídias sociais ou até mesmo artisticamente na concepção visual dos vôos comerciais dos Estados Unidos.
O software foi criado em 2001 por Ben Fry e Casey Reas. E desde então não parou de ser aprimorado. É interessante percebê-lo como uma ferramenta ao design. Muitas vezes apresentamos resistência para novas perspectivas. O designer não precisa saber pintar, fotografar, desenhar ou programar mas não é ótimo quando temos uma opção de mais uma ferramenta no desenvolvimento de uma ideia? Para inspirar um pouco, deixo o trabalho conceitual de David Whyte. Uma série de Gifs criados por ele através do Processing. Whyte é estudante de física em Dublin e usou a matemática e a física para elaborar seu trabalho.Ops! Designer tem q entender de exatas agora? Só sei dizer que os gifs são ótimos e muito estéticos.
Assim como muitos dizer que aprende-se a desenhar é através do exercício diário, muitos têm explorado o que o Processing pode oferecer. Pequenas mudanças em um código podem provocar efeitos e imagens incríveis. Dê uma conferida nessa série de exercícios.
Quem quiser conhecer mais projetos desenvolvidos através do Processing pode se aventurar por:
http://vimeo.com/groups/processing