Quem nunca pensou em prolongar a vida útil de um objeto ou mesmo revitalizar o espaço de um edifício antigo? Para esse objetivo podemos usar o retrofit.
O retrofit é a conjunção dos termos “retro” oriundo do latim, que significa movimentar-se para trás e de “fit” do inglês, que significa adaptação, ajuste. No final da década de 90 nos Estados Unidos e na Europa, o termo foi utilizado na indústria aeronáutica para se referir as atualizações das aeronaves, com novos e modernos equipamentos disponíveis no mercado.
Assim, retrofit é um processo, que incorpora novas tecnologias e materiais, visando modernizar e atualizar objetos, equipamentos, edificações e espaços considerados ultrapassados ou fora das normas vigentes. Modernização é a palavra com significado conceitual que mais se adequa a esse processo, tornando cada projeto único.
Quando Arquitetura e Design de Interiores utilizam esse processo em fábricas, antigos armazéns e outras edificações por exemplo, o profissional cria e propõe novos conceitos à composição espacial do projeto, conciliando a revitalização de seus espaços internos, conforme as novas necessidades de uso, e reurbanização do seu entorno.
Fachada de depósito em São Paulo, antes do retrofit
Interior do depósito, antes do processo de retrofit
Fachada do depósito, agora loja de móveis, após retrofit
Interior do depósito, após retrofit, agora loja de móveis em São Paulo
É importante conhecer o estágio de degradação da construção que passará pelo retrofit, e se ela é capaz de suportar a incorporação das tecnologias e processos necessários para sua modernização. Os dados da investigação e diagnóstico dos problemas da edificação nortearão a elaboração da proposta de ações a serem tomadas.
Dependendo da complexidade do projeto e suas necessidades, o orçamento final a curto prazo poderá ser elevado, influenciado pela aplicação de novos materiais, tecnologias, iluminação e hidráulica a ser incorporada, mas a longo prazo tais mudanças oferecem economia.
Em caso de imóveis tombados ou preservados pelo patrimônio público, o retrofit encontra algumas limitações ao sincronizar o edifício aos novos padrões, mas o importante é tentar ser fiel ao projeto original, tanto no emprego dos materiais, quanto na estrutura em si, seja na fachada, telhado ou pintura. Além de revitalizarem a estética original da edificação, valorizam e resgatam sua história e papel dentro da comunidade.
Para os objetos, o processo de retrofit dá uma nova finalidade para estes, além do descarte, e de modo criativo surgem soluções que dão novo visual para as peças. Com um novo revestimento, acabamento, tecnologia e novos elementos adicionados, revelam até novas funções de uso para esse objeto.
Mobiliário da coleção Office + Retrofit criado pela empresa Manerba