O mercado de revistas floresceu no período entreguerras e desde então, os editores sabem bem o poder da cor para transformar uma capa no campo de vendas visual. Hoje as composições gráficas foram substituídas por fotografias, mas o uso atrevido das cores ainda é uma das principais ferramentas para atrair o olhar do leitor.
É também um elemento funcional no desenho da página. Note que algumas publicações separam as sessões ou assuntos por blocos de cor, com boxes, chamadas, barras de título ou laterais coloridas.
Podemos também diferenciar o segmento da revista por cores utilizadas na capa. Por exemplo: se você entra em uma banca atrás de revista de moda, não vai procurar uma capa com cores, chamadas e splashs gritantes e sim uma capa “clean”, normalmente em fundo branco acompanhado com 2 ou no máximo 3 cores e uma foto.
As primeiras capas da Vogue eram exemplos típicos do estilo art-déco, com arranjos simples e racionais de formas em cores fortes, mas moderadas. Hoje, o conteúdo normalmente prevalece à forma, mas cores fortes, linhas limpas e ricos tons de pele, compensando a perda de dinamismo gráfico.
A Super Interessante prefere manter seu vermelho em todas as publicações. Isso ajuda a fortalecer a marca e gerar reconhecimento no PDV. Nesta capa em especial, há a imagem vazada, saindo do quadro e dando a sensação de movimento e destaque.
Trago então uma recomendação para quem quer saber mais sobre o assunto: o livro de Tom Fraser e Adam Banks – “O guia completo da cor” da editora Senac.