50 anos da capa icônica de Aladdin Sane

50 anos da capa icônica de Aladdin Sane

Por Luan Alves

Aladdin Sane, o álbum de David Bowie lançado em 19 de abril de 1973, apresentou ao mundo uma das capas mais icônicas do mundo da música, para alguns talvez, até mesmo mais icônica do que os sons ali presentes.

A capa é um dos visuais mais reproduzidos por seus fãs. O icônico raio vermelho e azul, foi desenhado pelo designer de maquiagem Pierre Laroche, que trabalhou também com Mick Jagger e em obras como The Rocky Horror Picture Show de 1975, além de também ser responsável previamente por outro item visual marcante de David, o “terceiro olho” de Ziggy Stardust.

O raio representa a divisão que Bowie sentiu naqueles anos onde sua popularidade aumentou e ele finalmente conseguiria conquistar os Estados Unidos e o mundo, mas a fama alcançada e suas pressões não foram facilmente aceitas.

“…Queria estar no palco tocando minhas músicas mas por outro lado, não queria estar naqueles ônibus com todas aquelas pessoas estranhas. Então Alladin Sane, foi cortado ao meio.”

David Bowie, The Complete Bowie

Por baixo do raio que cruza o rosto de Bowie, assim como o artista atravessava o oceano atlântico para sua primeira turnê nos Estados Unidos no ano anterior, existe um tom suave de roxo, alcançado através das cores do raio, tom este, que segundo Kevin Cann, em seu livro Any Day Now: The London Years, evoca em Bowie uma máscara fúnebre. Podemos considerar, que traz à tona os sentimentos abordados naquela fase do artista e também sua imagem sempre em mudança e os nascimentos e mortes de seus personagens. Ziggy Stardust, Aladdin Sane, The Thin White Duke algumas das diversas personalidades de Bowie, que tão rápido quanto um raio, nasciam e morriam para que uma nova surgisse, no entanto nenhuma de pouca importância.

Diversas poses foram testadas em janeiro de 73, mas Brian Duffy, fotógrafo responsável pela capa, escolheu a que hoje conhecemos, Bowie de olhos fechados, melancólico, o que contrasta com a maquiagem forte e marcante. Para atenuar a ideia de melancolia, Duffy incluiu uma lágrima na clavícula de David. 

Embora seja uma das imagens mais marcantes da carreira de Bowie, chamada de “A Mona Lisa das capas de álbuns” por Mick McCann e listada sempre entre as melhores capas de álbuns da história, David Bowie nunca utilizou aquela maquiagem novamente, fazendo com que o raio não caísse duas vezes no mesmo lugar, o que convenhamos, não era necessário, pois até hoje não nos esquecemos da luz emitida por ele.

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