Cinema e Séries 50 Tons de Liberdade | o clímax do casal Grey

50 Tons de Liberdade | o clímax do casal Grey

Por Erica Oliveira Cavalcanti Schumacher

A saga que mais divide opiniões nos últimos tempos chega ao seu capítulo final nos cinemas. Baseado no livro homônimo de E.L. James lançado em 2012, 50 Tons de Liberdade traz o agora casal Grey pronto para se despedir dos fãs em grande estilo. O diretor James Foley, responsável pelo segundo 50 Tons (e diretor de House of Cards 2013/2015) seguiu com fidelidade o script original da obra de E.L. James (aqui, produtora) e manteve quase todas as cenas e diálogos intactos. Naturalmente, foi necessário enxugar o material do livro e isso se reflete no foco quase exclusivo que o filme oferta ao casal protagonista, tratando o restante do elenco como coadjuvantes com pouco ou nenhum peso para a trama.

Depois de 3 anos atuando juntos, Dakota Johnson e Jamie Dornan demonstram familiaridade e sincronia como nunca antes e as cenas íntimas soam com mais naturalidade; reflexo do entrosamento e da confiança que o casal de atores adquiriu durante as gravações. Agora casados, os Grey estão se dirigindo para o adensamento da relação, onde Anastasia se sente cada vez mais confiante para mostrar que tem personalidade forte e também pode ser dominadora e Christian, por outro lado, está aprendendo a ceder, dialogar e confiar nos instintos da esposa.

O aprofundamento da trama também se aplica ao foco do longa. Romance agridoce à parte, a ameaça que ronda Ana e Christian nunca esteve tão próxima de se tornar perigo fatal. Jack Hyde (Eric Johnson) está rondando e agora conta com uma parceira que tem acesso privilegiado à rotina da editora da SIP. Ana nunca esteve tão vulnerável e ao mesmo tempo, tão corajosa para manter a salvo tudo e todos que lhe importam.

Nesse interim, os traumas do passado de Christian vêm à tona e fica mais fácil para o público entender o quebra-cabeça-Grey. Tudo isso corrobora em uma ação inédita à saga, com direito a um show de perseguição em um Audi R8 Spyder (carro avaliado em mais de R$ 1 milhão de reais) sob a direção da nova Sra. Grey.

A trilha sonora marcante, uma característica que acompanha a trilogia desde os primeiros momentos do filme de estreia (2015), comprova a minúcia de sua escolha, onde cada cena pode ser acompanhada de uma melodia adequada àquela ocasião. Rita Ora, que participa do longa como Mia Grey, dá as caras na trilha com a principal música do filme, e promete dar sequência aos sucessos de Love Me Like You Do, de Ellie Golding do primeiro filme (1,6 bilhões de acessos no Youtube) e I Don’t Wanna Live Forever (8,2 milhões de views), fruto da parceria de Taylor Swift com Zayn Malik, que embalou a sequência de 2017.

A canção For You, em parceria com o cantor Liam Payne (One Direction) foi divulgada em janeiro como a música-tema do terceiro filme e já conta com mais de 30 milhões de visualizações no Youtube. Nomes como Sia, Dua Lipa, o próprio Jamie Dornan (uma bela surpresa) e Jessie J ainda somam à trilha sonora. Destaque que a versão de Jessie J para I Got You/I Feel Good vai fazer muita gente lembrar da trilha de Garfield (mas muito melhor!).

O figurino de Anastasia demonstra a evolução da personagem como uma mulher descobrindo a independência, os limites da ousadia e a autoconfiança recém adquiridas. Saltos finos se coadunam com um guarda-roupa mais denso, sensual, elegante e de bom gosto. O vestido de noiva da personagem consegue ser provocativo e romântico ao mesmo tempo. A peça, assinada pela estilista Monique Lhuillier (a mesma que criou o longo cinza do baile de máscaras do segundo filme), é carregada de renda e transparência e tem calda sereia; é uma pena que sua aparição seja tão pouco explorada. A maquiagem da atriz permanece discreta e toda ênfase recai sobre os lábios constantemente delineados em tons fortes. Os cenários – da lua-de-mel ao fim de semana em Aspen – esbanjam todo o luxo que Grey proporciona a Anastasia na trama que pode ser considerada como o conto de fadas do Século XXI.

O novo filme da franquia é o que menos apela para o conteúdo sexual, haja vista a história do casal estar tão intrincada e com tantas coisas a serem resolvidas que as cenas quentes não mais predominam nos 105 minutos da obra – mas isso não significa que elas não existam com a criatividade de sempre. A trama reserva surpresas, reviravoltas, ação e superação. Embora casados, a vida de Ana e Grey não está saindo exatamente como o planejado e isso garante que o público prestará muita atenção no desenrolar do último capítulo.

É certo que o casal Grey já conquistou plateias mundo afora desde o primeiro filme (mesmo que o público desfavorável também seja contundente – os ares Crepusculares são inegáveis) e esse encerramento faz jus aos que esperaram anos para ver a parte final nas telas de cinema (com direito a insides dos anteriores) e muita garantia de que valeu a pena esperar até aqui. Aos apressados de plantão, vale avisar que existe uma cena após os créditos principais que vale a pena ser vista.

 50 Tons de Liberdade estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 8 de fevereiro. O trailer pode ser conferido no link abaixo:

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