Publi e MKT Briefing, a conexão

Briefing, a conexão

Por Jefter Barony

Muita gente acha que uma boa campanha publicitária se inicia com a grande ideia. Errado! E põe errado nisso. Uma excelente campanha se inicia a partir de um bom problema.

Digamos que o cliente X queira divulgar seu novo produto, algo revolucionário, então contrata uma agência de publicidade para fazer o serviço. Ninguém nunca viu o bendito produto, o mundo não conhece mas precisa conhecer. O que fazer? Como criar a estratégia certeira e ter a sacada ideal para algo ainda “invisível” aos olhos do consumidor? É aí que entra em cena o briefing, salvando vidas e empregos, ou pelo menos deveria.

O briefing nada mais é que o instrumento utilizado pelos profissionais de comunicação para resumir e relatar as necessidades do cliente em relação ao seu produto/serviço, e com base no que foi escrito encontrarão a melhor solução para determinado fim. A ideia é coletar todas informações relevantes e possíveis, como por exemplo: “O que o produto/serviço oferece ao consumidor?”, “Para quem será vendido?”, “Em qual localização será distribuído?”, essas e muitas outras questões de muita relevância.

Dicas

Serei direto, não quero ficar aqui falando e falando quando na verdade só se aprende a fazer um bom briefing colocando a mão na massa. Espero que ajude!

Vamos lá:

1) Seja objetivo

Não seja medíocre na hora de criar o briefing, mas também não é necessário um testamento. Se o material for extenso demais, existe o perigo de nos desviarmos do caminho, é muita informação, gerando desta maneira espaço para dúvidas e levando todo trabalho ao caos.

O outro extremo é a falta de conteúdo. Se as informações coletadas forem poucas, como criar um simples panfleto sem ter um direcionamento adequado? Difícil, não é mesmo? Imagine criar uma campanha toda em cima de um papel em branco? Provavelmente isso irá custar muito caro para a agência. O briefing é como um namoro, ele acontece naturalmente e com uma boa conversa. Se tiver pouco conteúdo, que seja relevante.

2) O produto

Pesquisar profundamente sobre o assunto é fundamental. Como eu poderia anunciar um carro sem conhecer o seu motor, sua estabilidade, seus atrativos? O objetivo é ficar tão íntimo da empresa e do cliente, que você vai saber, sonhar e falar sobre cada peça do motor do carro. Ao pegar um briefing, ele deve conter algumas informações indispensáveis como: Nome do produto/serviço, propriedades, vantagens, desvantagens (as desvantagens ficam apenas entre você e o cliente, use elas a seu favor), custo versus benefício, como é usado, a frequência de uso, o diferencial. Entenda que se você quer vender, tem que fazer parte da empresa do cliente, parte da família, é assim que funciona. Faça perguntas pertinentes ao produto e seja o mais claro possível.

3) O mercado

Imagine alguém vendendo guarda chuvas na praia, mas lá no céu um sol de 40 graus.  Ele pode até vender alguma coisa, mas não acho que é uma boa ideia, talvez se ele vendesse protetores solar sairia mais no lucro. Conhecer o mercado em questão é básico, mas muitos pecam nesse ponto. Então como acertar? Simples, pergunte. Saiba onde o produto é encontrado, onde e quando ele estará sendo vendido, quais os canais de venda, o tamanho do mercado, as tendências de venda, distribuição, localização, qual a condição financeira, social e cultural dos possíveis compradores. Leia muito sobre o mercado e cada detalhe referente a ele, ajuda sempre.

4) O consumidor

O consumidor é um ser humano com vontades e ideias, das mais diversas possíveis. Sua função enquanto profissional, visto os desafios de vender para tanta gente que pensa diferente? Apenas vender!

Os consumidores são a chave para o negócio. Desnecessário ficar falando o que é público alvo, mas como o nome diz, são os possíveis compradores dos serviços prestados ou dos produtos vendidos de determinada empresa, segmento e por aí vai. O que você tem que saber: A quem estamos vendendo, quem são os compradores, ocupação, posição social e cultural, nível de escolaridade, grupo de idade, sexo, nível de renda, necessidade que as pessoas tem do produto, hábitos de compra, razões pelas quais o produto seria comprado. Essas e outras sacadas fazem do briefing uma luz nas mãos da criação e planejamento.

5) Objetivos/Estratégias

Para uma campanha ser bem sucedida você tem que planejar. Não existe campanha sem planejamento. Como falei no começo, muitos acham que a melhor ideia surge na hora da criação, mas tudo inicia no briefing bem feito. Por trás de todo job bem elaborado houve um planejamento, uma estratégia. Os objetivos traçados no projeto são fundamentais.

O que se espera de uma campanha publicitária? Como estamos vendendo? O cliente vai exigir retorno. Cabe a agência saber veicular as campanhas nas mídias certas, da maneira certa, e tudo baseado no que o cliente pediu dentro do briefing.

Quando um briefing é bom, a comunicação é boa e o resultado maravilhoso. Caso contrário, essa ponte vai cair, e acredite, vai ser na sua cabeça.

Espero que tenham gostado. Leiam bastante, vou recomendar o livro: Propaganda: teoria, técnica e prática, de Armando Sant’Anna.

Compartilhem conosco o que um briefing já causou na sua vida. Qualquer dúvida estou super disposto a ajudar, basta perguntar.

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