Ato 1 – O que é Borderlands – o destino do universo está em jogo?
“Borderlands – o destino do universo está em jogo” é mais uma tentativa de Hollywood de emplacar adaptações de jogos no cinema! Mas de certa forma, o longa-metragem cumpre o papel de uma boa adaptação, minimamente falando, e apresenta um filme divertido e com muita ação, mas nada fora do velho feijão com arroz. Nesta aventura espacial acompanhamos “Uma infame caçadora de recompensas retorna ao lugar onde cresceu, o caótico planeta Pandora, e forma uma aliança inesperada com uma equipe de desajustados para encontrar a filha desaparecida do homem mais poderoso do universo.”
Ato 2 – Comentários gerais e resenha
Esta adaptação do jogo de Borderlands, jogo de ação e em primeira pessoa, lançado em 2009, pode-se dizer que é bastante fiel ao material base e sua estética, muitas vezes a ambientação e o visual lembram bastante o jogo. A fotografia é boa e a caracterização dos personagens é excelente. Contudo, não vá esperando um roteiro genial e uma trama de explodir cabeças. Este não é o objetivo do filme. O foco dele é divertir, entregar referências do jogo e muita ação, pois o filme é frenético do começo ao fim. Além disso, os personagens são um ponto forte. Mesmo que o roteiro tente facilitar a conexão deles, as ótimas atuações deixam mais natural e menos forçado. Ademais, o longa-metragem bebe muito de outros filmes, como, por exemplo, Star Wars, Mad Max, Capitã Marvel, Horizon, Esquadrão Suicida e Guardiões da Galáxia.
A trama é simples, a clássica jornada do herói, com uma missão de salvar o mundo de uma corporação malvada, Atlas, que busca revolucionar o mercado de tecnologia e produção de armas, mas seus planos são atrapalhados pelo nosso grupo de protagonistas. Nada é muito explicado, fora o necessário para você entender minimamente a história. Motivações primárias e outras perguntas não serão respondidas, então vá ciente de que é o puro suco da ação e ficção científica, muitas vezes parece que estamos jogando o próprio game, só bastava um controle.
Os efeitos visuais são bem inconstantes, o que pode prejudicar a experiência de quem repara melhor nesse quesito. Mas também não é algo que chegue a prejudicar o filme de forma drástica, uma cena ou outra é perceptível o CGI, ou fundo verde.
Ato 3 – Direção
Quem esteve à frente desta adaptação é o já conhecido ator e diretor Eli Roth, que também desempenhou outras funções dentro do longa-metragem, o que pode ter prejudicado um pouco o resultado final, mas nada grave. Ele tem uma lista bem mista de filmes, como, por exemplo, O albergue (2005), Feriado sangrento (2023), Bastardos inglórios (2009), Planeta terror (2007) e O mistério do relógio na parede (2018).
Eli consegue ser bastante criativo nas suas cenas de ação e perseguição de veículos, algumas são bem bonitas de se ver, principalmente por conta da fotografia. Mas não espere um John Wick da vida ou Kingsman.
Ato 4 – Atuações
Falando do ponto altíssimo da adaptação, o ouro, que é seu elenco de peso! Com Cate Blanchett (Lilith), Ariana Greenblatt (Tina), Jamie Lee Curtis (Patricia), Kevin Hart (Roland) e Jack Black (Claptrap). Eles dão um show de carisma e simpatia, além de entrarem de cabeça em seus personagens. Mesmo que a construção da relação deles seja um pouco facilitada, isso passa praticamente despercebido graças às ótimas atuações. Mas quem brilha mais entre eles é o Jack Black com seu ótimo time cômico e humor ácido e a Ariana, uma das novas queridinhas do cinema.
Ato final – Conclusão
Por fim, posso dizer que “Borderlands – o destino do universo está em jogo” é uma ótima pedida para quem gosta dos games ou é amante de uma boa ação e violência gratuita, com piadas ácidas na pegada esquadrão suicida, Guardiões da galáxia e Deadpool. Mas se este não é o seu caso, o filme definitivamente não é para você.
Em exibição dia 09 de agosto!