Não podemos negar que com o surgimento dos serviços streaming mudamos completamente nossa maneira de consumir entretenimento, deixando para trás até mesmo modelos de negócios tradicionais como as videolocadoras.
Antigamente quando queríamos ver um filme que não conseguimos ver no cinema, a gente recorria as videolocadoras, que estavam presentes em nossas vidas desde a época do VHS, passando por DVD e finalmente chegando na tecnologia Blu-ray.
Uma moça procurando filmes em uma videolocadora (Foto: www.unsplash.com)
Mas se pararmos para pensar, por qual razão esse tipo de serviço foi extinto?
As videolocadoras tinham alguns problemas quando pensamos na experiência do usuário, sendo esses os mais relevantes:
. A mídia física
Quem nunca foi alugar um filme que queria ver muito e voltou de mãos abanando porque ele já tinha sido alugado por outra pessoa?
Isso acontecia com grande frequência, já que as videolocadoras tinham um certo limite de mídias de um determinado filme e por isso nem sempre estavam disponíveis para locação nas lojas.
. Locomoção
Para alugar um filme também tínhamos que se locomover até a loja, enfrentando por muitas vezes o trânsito nas grandes cidades e também tendo que procurar vagas para estacionar.
. Alto custo
As lojas também pagavam um preço alto pelas mídias e por isso tinham que repassar esses valores para os seus clientes, sendo que o valor de quatro filmes alugados antigamente já correspondem a um mês de assinatura de um serviço streaming hoje em dia.
. Prazos de devolução
Por conta do limite de mídias físicas que as lojas possuíam como já dito anteriormente, os clientes tinham um prazo curto para ver o filme, onde por muitas vezes devolviam o filme sem ao menos ter assistido.
Nós podíamos abranger muito mais o assunto sobre as razões que levaram ao fim das videolocadoras, mas isso cabe um estudo bem maior. A grande questão é que sabemos que o serviço streaming solucionou a maior parte desses problemas, mas será que essa tecnologia também vai acabar com o modelo de cinema que conhecemos?
Algumas plataformas já lançaram alguns filmes sem passar pelo cinema e isso levantou essa questão no mercado do entretenimento.
Muitos diretores afirmam que isso nunca vai acontecer, pois a maioria dos filmes são filmados pensando no usuário que vai ver o filme no cinema, onde alguns detalhes só vão ser percebidos lá e não na televisão em casa.
O diretor Christopher Nolan (Foto: www.shutterstock.com)
O diretor Christopher Nolan é um dos que apoiam esse discurso, ele recentemente lançou o filme Dunkirk, que rendeu indicações no Oscar de 2018.
Todo o filme foi filmado em IMAX, que tem capacidade de mostrar imagens maiores em tamanho e resolução, algo que só é percebido em salas de cinemas que possuem essa tecnologia.
Outro ponto importante a ser mencionado é sobre o sistema de som, que nessas salas são todos digitais, sendo possível notar desde os sons mais agudos até os mais graves com extrema nitidez.
No total Dunkirk teve 8 indicações ao Oscar, ficando atrás somente do filme A forma da Água que teve 13, isso mostra o quanto a academia está valorizando não somente uma boa história, mas também o show como um todo.
Sala de cinema (Foto: www.unsplash.com)
Mas qual é a melhor opção para ver um filme?
A resposta depende muito da obra que você quer ver.
Claro que a tecnologia dos serviços streaming sempre será bem-vinda, ter o poder de escolher o que quer assistir no conforto do seu lar é algo incrível. Por outro lado, ir ao cinema é como apreciar o espetáculo do audiovisual, alguns filmes merecem ser vistos na tela grande e faz toda a diferença na nossa experiência com ele.