Design A.I. Chair: a primeira cadeira criada por Inteligência Artificial

A.I. Chair: a primeira cadeira criada por Inteligência Artificial

Por Matheus de Souza

Há alguns meses, eu escrevi aqui no Design Culture um artigo sobre design generativo, um processo de co-criação entre pessoas e máquinas para o desenvolvimento de projetos complexos. Nesta semana, o designer Philippe Starck utilizou esta tecnologia para criar a primeira cadeira desenvolvida com Inteligência Artificial.  Lançada na feira de móveis Salone del Mobile, durante a Semana de Design de Milão 2019, a cadeira foi projetada por Starck usando um software de design generativo desenvolvido pela Autodesk e produzida pela marca italiana Kartell.

O projeto teve como objetivo criar uma cadeira confortável, resistente e estável usando material mínimo, através de um processo que ele descreveu como “muito parecido com uma conversa”. Esta conversa, na verdade, ocorre quando os projetistas definem as características técnicas do produto e ser desenvolvido, enquanto o software gera centenas, às vezes milhares, de opções de forma que atendam aos parâmetros estabelecidos.

De acordo com a Autodesk, a cadeira A.I.  é a primeira cadeira projetada usando inteligência artificial para ser colocada no mercado no mundo.

“Kartell, Autodesk e eu fizemos à inteligência artificial uma pergunta: você sabe como podemos descansar nossos corpos usando a menor quantidade de material? (…) À Inteligência Artificial não tem cultura, memórias ou influências e, portanto, só pode responder com sua inteligência ‘artificial’. IA é a primeira cadeira projetada fora do cérebro humano, fora de nossos hábitos e como estamos acostumados a pensar.” Afirma Starck.

A cadeira é produzida por meio de moldagem por injeção, um processo de fabricação sobre a qual o software foi ensinado, de modo que levaria em conta as restrições do processo ao projetar o desenho. A Autodesk acredita que os avanços na inteligência artificial e nas ferramentas de design generativo poderão melhorar o trabalho dos designers de diversos setores da indústria. A afirma ainda, que considera o resultado final do projeto como uma “colaboração” entre Starck, Kartell e o software desenvolvido por ela.

O design generativo já era aplicado no desenvolvimento de produtos em outros setores, como implantes médicos, peças de aviões e no setor automotivo. Este caso se destaca pois é um dos primeiros onde essa tecnologia é aplicada em um produto de consumo, onde outros fatores como estética e à linguagem visual da marca são fundamentais. É provável que outras empresas do ramo de produtos de consumo passem a explorar este tipo de tecnologia integrada aos processos de design e comunicação visual na criação de seus produtos.

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