Nos últimos anos uma aura mágica vem pairando sobre nós designers. Parece que por termos casos de sucesso em algumas empresas de indústrias inovadoras, todo negócio abriu seus olhos para esse profissional expert numa disciplina incrível: entender o ser humano.
Não é pra menos, afinal, o modelo Apple e Airbnb levaram a crer que realmente o designer é um ser especial; diferenciado.
Mas o que será que eles fizeram para que realmente parecesse tão diferenciado assim?
Para alguns foi a parte de gestão disruptiva, para mim o ponto em comum foi o design thinking. Não digo de aplicação da “metodologia”, mas sim na forma de trabalhar e projetar.
Entendo que a gestão do design aplicado nessas companhias foi diferenciado desde o começo, se preocupando com tudo que lhes dizia respeito – diversos pontos de contato da marca.
Opa, já posso lhe dizer que eu conheço isso como Branding.
Se você acha que branding é ter uma identidade visual bem resolvida, já lhe adianto: é muito mais do que isso.
Branding não é identidade visual
No conjunto geral, identidade visual faz parte do branding, afinal ela sistematiza uma série de pontos de contato (majoritariamente aqueles que enxergamos).
Mas branding vai além disso.
Enquanto com a identidade visual nos preocupamos apenas com a forma como a marca será enxergada visualmente, no branding utilizamos uma série de ferramentas e análises estratégicas para estabelecer uma forma efetiva de comunicação da marca.
É literalmente personificar a marca, dar uma voz ativa, entender como se comportaria…tudo baseado na cultura e como desejamos transparecer os valores.
Enfim, entender o DNA da marca.
Reconheça que sua marca é um ativo
Enfim, passada toda a análise, construção e desenvolvimento, já entendemos qual é o DNA de nossa marca.
Como uma instituição – a marca – sabemos onde queremos chegar, como queremos chegar e o que valorizamos para chegar lá.
Por isso, volto ao Airbnb.
Quando vemos algumas táticas utilizadas por eles em seu crescimento, que chamamos de growth hacking, não consigo desapegar da ideia de que não foi apenas marketing pensado no crescimento.
Teve todo um embasamento no DNA da empresa, quem era a Airbnb e qual a mensagem que queria passar.
Veja bem, não estou falando que isso ocorreu após aporte de milhões de dólares. Vi isso claramente na ação que os fundadores desenvolveram ainda nos primórdios da empresa.
Se você não conhece a história dessas caixas de cereal, você pode conferir aqui.
Aí deixo minha reflexão: seria isso apenas pensado no growth? Não teria o branding auxiliando essa estratégia?
Apenas através dessas reflexões saberemos e poderemos ter condições de delimitar o que é e o que não é, mas pessoalmente acredito em forte influência do branding.
Conteúdo é o jogo que se deve jogar
Mas tudo isso que falamos, não existe a pouco tempo.
Para especialistas em gestão de marketing, o branding já existe há um bom tempo, no entanto, apenas agora que foi percebido como uma ferramenta estratégica relevante.
Por quê?
Pelo simples fato dos meios de comunicação estarem passando pela maior mudança dos últimos séculos, desde a invenção da imprensa por Gutenberg.
Agora, estão cada vez mais pulverizados.
Alcançar o sucesso comercial não depende mais de estar apenas no horário nobre da maior emissora do país. Não, agora o jogo é outro; e existem empresas dando aula de como se posicionar e crescer efetivamente utilizando suas estratégias de branding sem gastar um tostão com televisão.
Acredito que esse é o passo mais importante de toda a sua estratégia, saber que o jogo mudou e quais as regras de agora.
Conteúdo na internet é o jogo mais importante que vejo na atualidade. Cada vez mais vivemos na sociedade da cauda longa.
Então como fazer segmentação de qualidade? Internet + inteligência. Receita infalível.
Através de plataformas sociais, e-mail marketing e o seu próprio site; você tem ferramentas incríveis para auxiliar o seu branding e desenvolver conteúdo de qualidade.
Conclusão
Não há como negar que o sucesso alcançado por diversos players do mercado fizeram com que diversos seguidores surgissem e passassem a acreditar que o branding seria sua salvação.
Mas faço um alerta bem importante: branding não é como propaganda, e principalmente, não adianta inflar ou inventar uma história para tentar ganhar espaço.
Precisa ser honesto, sincero, sem mentiras.
Como você tem se posicionado? Qual a marca tem deixado no mundo?
fontes: IAB, Nielsen e Harvard Business Review.