Black Mirror, como descrita resumidamente no IMDB, é “uma série televisiva antológica que mostra o lado sombrio da vida e da tecnologia.” A série britânica foi criada por Charlie Brooker, e recentemente, foi inserida no catálogo da Netflix. Cada episódio possui uma história diferente com novos personagens, mas a essência é a mesma: retratar as problemáticas dos relacionamentos humanos e suas relações com a tecnologia.
“Nosedive” é o 1º episódio da 3ª temporada. O episódio se passa em um futuro não tão distante, onde acompanhamos a história de Lacie (Bryce Dallas Howard), uma mulher de classe média que depende da aprovação das outras pessoas nas mídias sociais para se sentir “feliz”. Nessa sociedade futurística, as pessoas avaliam os outros por meio de um aplicativo em uma escala de 1 a 5; quanto mais próximo do número 5, melhor é a reputação da pessoa e maiores privilégios ela terá. Recentemente, a Netflix arquitetou um marketing brilhante: lançou um site onde simula o aplicativo que aparece no episódio. E caso esteja interessado na narrativa e na crítica social presente em Black Mirror, recomendo que leia esses artigos: 1, 2 e 3.
A direção de arte de “Nosedive” chama bastante atenção — remete até o estilo estético do cineasta Wes Anderson. Os frames são cheios de cores neutras e tons pastel — sobretudo, tons rosados —, a maioria dos enquadramentos são minimalistas, os cenários possuem um aspecto clean; toda a criação visual visa fortalecer a narrativa — a ideia de cidade “perfeita” que contém pessoas “perfeitas” em uma estética “perfeita”. Logo a seguir, veja alguns screenshots do episódio, suas respectivas paletas de cores e inspire-se: