Inspirações A tal da crítica construtiva

A tal da crítica construtiva

Por Design Culture

Em tempos de mídias sociais, onde cada um pode produzir seu próprio conteúdo como também ler diversas fontes falando de um mesmo assunto, venho fazer um convite à todos vocês a incluírem argumentos em suas críticas.

Ultimamente tenho lido muito “não foi um bom trabalho”, “não está bom”, “não está graficamente adequado” como críticas a diversos trabalhos, mas o que me me choca é o fato de que os mesmos textos e  críticas estão desprovidas de argumentos. Gilles Lipovestky estava correto quando escreveu “A Era do Vazio” de 1983 onde dizia que o indivíduo ganharia força perante a sociedade e assim o narcisismo entraria em plena ascensão, claro que essa foi uma forma abreviada de parafrasear Lipovetsky porém de uma forma que se enquadre em nossa contemporaneidade.

Vamos aos fatos, existem 3 pilares primordiais no design gráfico que são: estética, conceito e funcionalidade. Para criticar um projeto de design de forma construtiva, devemos primeiro analisar o que está de errado em cada um desses pilares inseridos. Após identificar os erros, não é certo parar por aí com a afirmação “olha! o erro tá nisso aqui, ó” (releia com a voz de uma idosa gaga bem chateada com a vida), porque como designers não somos responsáveis apenas por encontrar erros, o que talvez nos tornariam em ”investigadores gráficos”, mas sim por propor soluções para problemas, e isso ocorre utilizando o método científico que para quem não conhece é mais ou menos assim:

Observar > Perguntar > Formular Hipótese > Testar Hipótese > Obter Resultados > Concluir > Publicar

Não estou dizendo que você não pode ter suas preferências no design, mas saber entender o trabalho do colega que pensa de uma forma completamente diferente que você, é realmente importante para que possamos compreender que não existe apenas uma solução gráfica para um mesmo problema, mas sim várias, o importante é encontrar o equilíbrio entre a estética, o conceito e a funcionalidade, pois sem isso não passa de uma construção gráfica sem sentido.

É por isso que somos chamados de criativos, é por isso que devemos manter nosso portifólio sempre atualizado, imagine se todos os designers pensassem igualmente, aí que nosso mercado já seria mais desvalorizado do que já é hoje em dia.

Fica aqui a moral da fábula de hoje:

“só existe crítica construtiva se houver argumentos”

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