Stephen King é um dos autores mais adaptados do mundo. Responsável por grandes clássicos do cinema, como Carrie – A Estranha (Carrie, Brian de Palma, 1976) e O Iluminado (The Shining, Stanley Kubrick, 1980), ele é o verdadeiro Mestre do Suspense. Com estreia marcada para o próximo dia 24 de agosto, A Torre Negra (The Dark Tower, 2017) é a mais nova adaptação de um livro dele para as telonas.
Construída ao Longo de 33 anos, A Torre Negra é a obra máxima de King e conta com 8 volumes. Com inspirações em Tolkien, lendas arturianas e poemas épicos, a saga é repleta de referências à cultura pop, como filmes de faroeste e ficção científica. Nela, acompanhamos a busca do Pistoleiro pela tal Torre, que seria o centro do universo e sustentaria todas as realidades.
No filme, somos apresentados ao jovem Jake Chambers (Tom Taylor), um garoto sensitivo que tem sonhos desagradáveis sobre outros mundos. Ao fugir de funcionários de uma clínica terapêutica onde seria internado, Jake atravessa um portal para o chamado Mid-World e encontra o Pistoleiro (Idris Alba) e o temido Homem de Preto (Matthew MacCounaghey), personagens presentes em seus pesadelos.
O roteiro segue a velha fórmula da ‘jornada do herói’ e tenta condensar dilemas, conflitos, conceitos e personagens de toda a obra em apenas uma hora e meia de projeção. Tudo fica tão vago e corrido que torna-se impossível gerar empatia no público, principalmente em quem não conhece os livros ou, pelo menos, a adaptação em quadrinhos. Por outro lado, os fãs vão se encantar com as referências a outras obras do autor, com IT – A Coisa, O Iluminado e 1408.
A direção de Nikolaj Arcel (também um dos roteiristas) é bastante pragmática ao contar a história, mas se apega demais às acrobacias do Pistoleiro ao recarregar a arma e esquece de mostrar o seu verdadeiro talento, a mira certeira. O filme também falha ao desperdiçar atores e personagens com apenas alguns minutos em cena. O elenco, no geral, está bem, embora Matthew MacCounaghey consiga ser superior ao colega Idris Alba.
No fim, fica a sensação de que tudo poderia ser melhor desenvolvido. O filme não chega a estragar o que pode ser ainda uma franquia de sucesso, pois consegue, pelo menos, causar um pouco de curiosidade. Agora nos resta saber se isso vai ser suficiente para conseguir bilheteria necessária para dar andamento aos outros projetos ligados ao título, como novos filmes e mais uma série de TV. Acompanhe o trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=0gtDpj8aC_w