Na semana passada você conheceu os departamentos e cargos dentro de uma agência de Publicidade e Propaganda. Hoje, na continuação daquele artigo, eu vou mostrar para você, estudante da área e que está começando a se posicionar no mercado ou em busca de uma vaga (incluindo estágio), outras possibilidades que você deve avaliar ao fazer essa importante seleção para sua vida. E no final, vou anunciar uma surpresa especial para você.
Mas agora, me acompanhe nas próximas linhas que quero te mostrar que além daquele modelo apresentado e até mesmo dentro dele, existem mais universos a serem explorados e dependendo do nicho em que você queira se especializar, você vai encontrar uma brecha. E então, vamos nessa?
A nova perspectiva das agências de Publicidade e Propaganda
Agora que você já entendeu tudo que precisava sobre os cargos dentro de uma agência de Publicidade e Propaganda, eu quero te contar um pouco sobre os tipos de agência de Publicidade existentes hoje. Quero que você veja o que tem disponível além do modelo “full service” que apresentei anteriormente e assim tomar o seu direcionamento. Então, vejamos:
Agências “In House”
São aquelas baseadas dentro das empresas, que por sua vez podem criar internamente o seu próprio material de divulgação, desenvolver sua prórpia pesquisa, análise de mercado e outras atividades relacionadas. Porém, mesmo assim, ainda é necessário terceirizar algum tipo de serv9iço Publicitário externo, dependendo de seu objetivo de campanha.
Agências de Guerrilha
Esse modelo de agência é responsável por criar ações diferenciadas, que surpreendam o público positivamente e tragam algo fora de contexto e/ou incomum aos olhos da grande mídia. Em geral essas atividades são realizadas na rua, em espaços urbanos que combinem com “mood” da proposta. Além disso, são por hábito iniciativas pontuais, que são apenas veiculadas durante um curto espaço de tempo.
Bureau de Mídia
Não é exatamente um segmento novo, mas continua ganhando força nos dias de hoje, porém agora mais relacionado a novas mídias e formatos de comunicação, por isso está citado aqui. Essa atividade é uma desvinculação do departamento de mídia, que você leu na minha postagem anterior.
Mas como assim? Eu explico. Esse setor ficou responsável pela compra de mídia e produção da peça de comunicação, seja ela em formato eletrônico ou gráfico, incluindo também a negociação desse processo. Dessa forma, as agências de Publicidade “full service” permanceram com o cargo de mídia apenas voltado para criação do plano de distribuição, tirando um pouco o peso da produção do material em si.
Agora só para você ter uma noção de como surgiu os “Bureaus de Mídia” (hoje já são chamados de agência, mas preferi manter o nome original por questões didáticas), adianto que eles vieram de uma certa “inadequação” do cliente com o antigo modelo de planejamento de mídia proposto pelas agências da época.
Estúdios de Criação
São considerados a outra ponta das agências de mídia que você viu anteriormente. Os estúdios de criação ficam encarregados do planejamento de criação depois do planejamento de campanha realizado. Eles criam a argumentação, o mote, selecionam as imagens e produzem e escolhem os layouts que dão certo ou não para aquele caso.
Fora isso, também produzem os filmes e peças Publicitárias e ações promocionais de acordo com a demanda passada pela agência responsável.
Ou seja, já deu para você perceber por essa descrição que os estúdios de criação são também uma segmentação do departamento de criação que mencionei antes. Dando um suporte prático e conceitual para os escritórios que não suportam esse setor dentro de sua estrutura, com as agências convencionais fazem.
Editoras
Elas produzem um tipo de material bem específico de divulgação como flyers, panfletos informativos, folhetos, jornais e livros e/ou livretos. Um tipo de conteúdo de menor dimensão, mas que também são uma mão de obra demandante quando se fala em mercado offline. Por isso mesmo, esse nicho normalmente paga uma alíquota menor de impostos e portanto são um serviço vantajoso para as agências que não querem forcar nisso.
Estúdios de manipulação de imagem
Neles são feitas as manipulações mais profissionais, um acabamento final, vamos dizer isso. Não quero com isso desmerecer o trabalho dos designers gráficos ou diretores de arte das agências, mas apenas dizer que dependendo do objetivo da campanha ou peça, elas tem que ter um toque final.
Hoje em dia, também já são um trabalho expandido ou segmentado de dentro das agências, trazendo para um ambiente mais focado em motion design, 3D, animações e outros tipos de atividade que requerem uma imagem mais bem trabalhada. Normalmente esses estúdios também finalizam a arte para publicação final.
Propaganda Viral
Apesar do termo “marketing viral” ter surgido na década de 1990, foi apenas nos anos 2000 que ele começou a ganhar força. Há mais ou menos 5 ou 6 anos trás, esse mercado ganhou mais força, muito devido a explosão da web como plataforma de negócios e seu nível de espontaneidade. Um exemplo disso você pode assistir abaixo, no famosos comercial da Volvo com Jean Claude Van Dame estrelando em cima de um caminhão e que acabou virando meme nas redes sociais depois, tamanho seu alcance e força.
Esse modelo cresceu tanto que agências especializadas surgiram e ainda surgem criadas para atender uma necessidade crescente por parte do mercado Publicitário no geral, que queria um pouco de buzz para o seu lado também, é óbvio.
Agências Digitais
Deixei essa função para o final pela amplitube e complexidade de trabalho que elas envolvem, não que sejam menos importantes, muito pelo contrário. Atualmente, com um mundo cada vez mais conectado, cada vez mais multi plataforma e portanto segmentados, a Internet e seus meios digitais tem se apresentado como uma ótima alternativa com o melhor custo benefício para o cliente.
No livro “Advertising” de Andy Tibbs, que oferece um excelente panorama do mundo da propaganda, existe um capítulo dedicado a isso, a esse novo universo digital entitulado “The future is bright, the future is digital”, o que numa tradução livre significa “O futuro é brilhante, o futuro é digital”.
Nesse capítulo, ao contrário do que o título sugere, Andy vai além do digital, ele provoca e convida os Publicitários da atualidade a pensar em cross media, transmídia e outras maneiras que transcendam as plataformas digitais e que ao mesmo tempo consiga transmitir consitência em sua mensagem.
Enfim, sem entrar em muitos detalhes, já que esse é tema para outro artigo, o que quero dizer é que o digital entrou com tudo em nosso mundo, especialmente para as gerações de hoje, as nomeadas Y, Z e Canguru.
Veja algumas funções exercidas dentro de agências digitais:
- Criação de campanhas online
- Criação de pop ups e banners virtuais para sites
- Inserção e gerenciamento de conteúdo em mídias sociais e blogs
- Desenvolvimento e monitoramento de anúncios patrocinados em redes sociais e no Google (Adwords)
- Links patrocinados
- SEO
- Anúncios para dispositivos móveis
- E mais
Você já deve ter percebido só por essa lista que existe hoje muita demanda na área de conteúdo digital, (na qual eu particularmente me identifiquei e me especializei, deixando as agências tradicionais de lado) vide o crescimento do Inbound Marketing ou Marketing da atração, como costumam chamar. Isso só para citar alguns, mas, para esse artigo não ficar muito longo não vou me aprofundar agora.
Resumindo…
Acredito que baseado no que você leu no meu artigo anterior, você conseguiu perceber nesse texto o quão fragmentado o mercado Publicitário está hoje. Sendo assim, muitos dos cargos e funções empregados nos departamentos de agências de Propaganda tradicionais, foram sendo destrinchados e empregados em outros meios e negócios fora daquele ambiente.
Novas formas surgiram, muito impulsionado pelo crescimento do mercado tecnológico e digital, que hoje representam grande parte do retorno financeiro da Publicidade no mundo todo, não apenas no brasil. É claro que lá fora tudo está muito mais evoluído nesse sentido, mas apesar disso, vemos que por aqui os caminhos se ampliam cada dia mais, basta estar atento para isso.
Logo, como você já deve estar percebendo, essa séria não caba aqui, continua na sua cabeça e força de vontade de se abrir para novas iniciativas dentro da área; mas também em uma nova e especial publicação que farei após o carnaval. Essa é a minha surpresa para você, que prometi na intrução. Nessa nova publicação, eu vou mais a fundo nesse universo digital, mostrando o contexto atual e o novo cenário que surge para os profissionais da geração Z e Canguru, ou seja, você.
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