Fala criativos!
Hoje tenho o prazer de apresentar para vocês o trabalho magnífico dos dois barbudos Henrique Lima e Julio Zukerman. Em 2007, os dois amigos montaram o Mulheres Barbadas com a simples proposta de desenhar em toda e qualquer mídia e conseguiram cumprir essa meta perfeitamente. Abaixo vocês podem conferir uma breve conversa muito legal que tive com eles.
Você pode encontrar os Mulheres Barbadas e sua arte nos seguintes links:
1- Antes de tudo gostaria de agradecer nos permitir ter a honra de entrevistá-los, nos conte mais de como começou o seu interesse de vocês por ilustração?
Valeu pelo convite!
Cara acho que é alguma deficiência mental ou transtorno psicológico, mas nosso lance sempre foi desenho animado, quadrinhos, capas de disco, murais… a gente tem aquele lance de não conseguir só curtir, tem que fazer também, sabe? Senão ficamos deprê.
2- Nos fale mais quais são suas referências, mentores e pessoas que o inspiram ao longo desses anos?
Temos muitos amigos talentosos, nossas maiores inspirações, mas não vamos listar porque se esquecer um fica chato. Muitos dos mais clássicos e galera mais nova que vemos por ai também. Nosso gosto é bem diverso, tanto de estilos quanto de mídias.
3- Como funciona o seu processo criativo na criação de uma arte?
Depende do projeto, mais em geral é sem combinar nada e sair desenhando. Quando é digital é mais no esquema revezamento, quando é mural fica cada um num canto. Quando encher tudo, tá pronto! As vezes combinamos algum tema ou limitação antes e dai pra frente é o mesmo processo.
4- Nos fale um pouco da sua rotina, como é um dia na vida dos Mulheres Barbadas ?
Tem dois lados, o de desenhar e o de resolver os emails. Desenhar é mais natural, vamos desenhando e geralmente nem conversamos tanto sobre o trabalho, fica mais no silêncio ou no papo furado. A parte dos emails é mais estressante: orçamentos, clientes, burocracias e coisas do tipo. Dai precisamos nos alinhar mais, geralmente por mensagem mesmo, ou se for muito chato, ficamos empurrando com a barriga e fazendo birra entre nós. As vezes rola um contato com o público, tipo agora, que é mais legal, mas mais esporádico.
5- Qual você considera o ponto mais positivo e o ponto mais negativo da profissão?
A gente ainda se empolga com os projetos. Temos quase 10 anos de estúdio já mas ainda gostamos de simplesmente desenhar. O mas chato é quando por um motivo fora de nosso controle o desenho fica uma droga, pelo menos comparado ao que a gente achava que poderia ter ficado. Valorizamos muito projetos onde o desenho é livre.
6- Qual você considera seu melhor trabalho até o momento e porque?
Dos digitais talvez o último print que fizemos, bem grande. Foi iniciativa nossa, não era mais algo que fazíamos com freqüência, mas já com a sede de fazer algo sem direção de ninguém. De mural acho que o pro Nova, no MIS, é dos cem personagens mas casou bem com o espaço e o vídeo ficou legal. Gostamos muito do da Micasa, foi o primeiro desde que decidimos viver disso, mas o traço era bem mais tosco, faltava prática ainda.
7- Agora um rápido bate-bola:
Filme: Qualquer um com o Kevin Costner
Música: War – Lowrider
Lugar: Em casa mesmo
Cor: Preto ou branco
Comida: Cerveja
8- Nos conte mais sobre seus hobbies, quando vocês não estão trabalhando, o que gostam de fazer?
Jogar videogame, ver filme, arrotar, trocar fraldas e fazer amor.
9- Para finalizar, vocês tem alguma lição que aprenderam ao longo desses anos que gostariam de compartilhar com nossos leitores?
Se você o deixa o celular num tripé filmando lá atrás enquanto desenha numa parede em lugar público, ele vai ser roubado.