Biônica: ecodesign em outro nível

Já foram publicados aqui no blog artigos sobre ecodesign, falando sobre conceitos e dando dicas de livros sobre o assunto.

Mas aqui, falaremos além da definição de ecodesign, de como ele deve ser pensado em todas as fases do projeto e de sua importância para a construção de uma cultura sustentável .

Antes de entrar no assunto da biônica, apenas gostaria de abrir um parêntese para uma rápida explicação. Quando falamos em “cultura sustentável”, tomamos a liberdade para fazer uma adaptação ao conceito de sustentabilidade, trazendo-o para o mundo do design. As três bases já conhecidas e amplamente discutidas da sustentabilidade (meio ambiente, economia e relações sociais) podem ser traduzidas no design em:
– Meio ambiente: escolha de materiais, formas para uso racional desses materiais, embalagem, uso, reuso, reciclagem e descarte.

– Relações sociais: aqui pensamos na interação do produto com o ser humano, então estão envolvidas várias questões (ergonomia, percepção estética, apelo emocional, usabilidade, dentre outras).

– Economia: realizar tudo o que foi citado nos itens anteriores com o menor custo possível, de modo a dar perenidade ao negócio e margem para crescimento.

Para o desenvolvimento de um produto sustentável há ferramentas que podem contribuir. Dentre elas está a biônica, que nada mais é do que a inter-relação da natureza com um projeto.

A biônica procura entender as funções e os mecanismos presentes na natureza que estão em condições de nos dar indicações úteis e novas orientações para um projeto. A natureza garante o máximo de resistência, estabilidade e harmonia em suas formas, e é esse gancho que o design pode pegar para solucionar problemas da melhor forma possível, sem criar outros.

Afinal de contas, a natureza está há mais de 4 bilhões de anos aprimorando projetos, com uma competência enorme para economizar energia e matéria, reutilizar todos os resíduos e, a cima de tudo, considerar a interdependência como base para o sucesso de suas soluções.

Sendo em projetos mais simples ou bastante complexos, a natureza sempre pode inspirar, não só pela sua estética apurada quanto por seu modo perfeito de funcionar.

Gisele Monteiro

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