Publi e MKT Cadê o árbitro de vídeo?

Cadê o árbitro de vídeo?

Por Carolina Feros

Desde 2017 o cantor Wesley Safadão é um dos rostos famosos para as campanhas da Sodiê Doces, empresa que conta com mais de 290 lojas espalhadas pelo País. Até aí tudo bem, mas é válido relembrar que se você está na área da Comunicação é requisito ter duas coisas em mente:

  1. Seja atualizado. Somente estar atualizado não é suficiente, é preciso ser;
  2. Não se envolva em polêmicas.

Entenda: recentemente, a ex-mulher de Safadão o acusou de tentar reduzir a pensão do filho do casal. O caso foi parar na internet, que obviamente caiu matando em cima do cantor. No fim das contas, a Justiça determinou um aumento na pensão e esse veredito também virou assunto na web. Os internautas registraram muitas críticas ao cantor não só com palavras, mas também com memes.

Wesley Safadão também é “garoto propaganda” da máquina de cartão da PagSeguro conhecida como “Minizinha Chip” e esse foi o resultado:

Estamos a poucos dias do Dia dos Pais, um período que as marcas fazem campanhas específicas para atingir o target. E isso aconteceu:

https://www.youtube.com/watch?v=QS1ihP-ewrA

Por fazer parte do time há mais de um ano, o cantor esteve presente no filme da marca. Talvez a gravação foi realizada antes de toda a polêmica, mas a bomba explodiu antes de sua veiculação, tendo como consequência um erro de principiante de uma marca tão experiente como a Sodiê.

O vídeo foi postado nas redes sociais da marca e a internet, que nunca perdoa, não perdoou dessa vez também. A campanha foi retirada do ar e a empresa se posicionou com o seguinte comunicado:

“Gostaríamos de esclarecer que a escolha do cantor para ser garoto propaganda da marca aconteceu no final de 2017 por ter forte apelo e credibilidade junto ao público do Norte e Nordeste do País, regiões que a franquia tem grande interesse em expansão. Entendemos que o caso foi isolado e imediatamente resolvido pelo cantor, mas frente a postagem não bem sucedida retiramos o vídeo do ar.”

Existe um ditado chamado “quem cala, consente”. Até é “compreensível” a “justificativa” da Sodiê, mas a partir do momento que uma empresa ignora um caso que virou polêmica e alvo de críticas, automaticamente ela se posiciona como alguém que concorda com tal fato. Seria a Sodiê a favor da redução de pensão? Não necessariamente, mas pega mal veicular uma campanha para o Dia dos Pais com alguém que se envolveu em um conflito com o filho como se nada tivesse acontecido.

Como ninguém pensou nisso antes de colocar no ar? A empresa poderia ter evitado a fadiga, talvez se tivesse um árbitro de vídeo igual na Copa, eles não teriam passado por isso.

 

 

 

 

 

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