Coisas incríveis precisam acontecer nos negócios, à várias mãos

É possível e é preciso esperar que coisas incríveis aconteçam no contexto organizacional, desde que estabelecidas algumas premissas. Exemplo: esperar pela genialidade de um suposto ‘iluminado’ é potencialmente decepcionante, enquanto que investir em um ambiente multidisciplinar onde as pessoas possam divergir e convergir suas ideias de forma democrática pode ser muito mais promissor. Claro, um fluxo de admissão de pessoas capaz de capturar perfis aderentes aos desafios da organização é fundamental. 

Algo importante, e que pode soar mais óbvio para uns do que para outros, é o fato de que empresas só existem dentro das cabeças das pessoas. Empresas não são estruturas biológicas, mas sociais: só fazem sentido para boa parte da ‘grande sociedade’ humana, embora impactem a experiência de muitas outras espécies. Logo, a musa estratégica do seu negócio deveria ser as pessoas, sempre (em alguma medida, também as tais ‘outras espécies’). Produtos, serviços e negócios deveriam ser pensados por pessoas para pessoas. ‘Internos’ colaborando conscientemente para gerar valor para si e para o consumo consciente dos ‘externos’. Colaboradores. Consumidores.   

É preciso que as pessoas protagonizem. Então, a estratégia guarda-chuva do seu negócio, que precisa ser dinâmica no tempo, deveria ser capaz de melhor integrar e empoderar o(s) time(s), dentre outros bons motivos, para melhor aproveitar o seu potencial criativo. Isso é difícil, mas é aparentemente possível através de práticas colaborativas habilitadas a partir de métodos de design e de uma governança sensibilizada para a inovação e orientada por dados, que podem ser gerados a partir de simulações e experimentos… Desafiador e promissor. E eu prometo não ficar só na teoria! Darei uma dica prática valiosa na conclusão. E sobre os dados: eles são necessários para termos ‘a visão’.

Um caso famoso de completo insucesso estratégico diante da inovação, foi o da Kodak. A empresa que tinha a faca e o queijo: um laboratório capaz de gerar ideias inovadoras, pelo menos uma delas capaz de virar o mercado mundial de ponta cabeça, foi incapaz de enxergar grandes oportunidades à curtas distâncias… Em 1975, saiu de um lab da Kodak o primeiro protótipo de uma câmera digital. No entanto, por que não vemos a marca dentre as grandes líderes do mercado atualmente, não temos um smartphone lançado por ela? Porque a inovação foi boicotada, não foi investida por receio de que pudesse ser uma ‘ameaça para o próprio negócio’. No fundo, apenas miopia temporal, incapacidade de imaginar novas possibilidades. Como se o futuro esperasse ou tivesse dó de quem o teme… A Kodak era a líder mundial do mercado fotográfico. Agora é uma lição do passado. 

Há outro caso, de sucesso inusitado. A história do famigerado Post It, o bloquinho de papel com uma fita adesiva sensível à pressão, ideal para tomar notas, deixar recados e fazer munição para mini estilingues, revela uma descoberta acidental que precedeu um case de marketing quase acidental. O adesivo, que não colava permanentemente e nem deixava resíduos, foi resultado de um experimento que deu errado, quando um cientista da 3M tentava desenvolver uma ‘super cola’. A fortuita tecnologia chamou a atenção, mas não encontraram utilidade para ela. Anos depois, quando outro funcionário e músico do coral de uma igreja precisou de uma solução para organizar as suas anotações que sempre voavam do seu hinário meio às missas, veio a iluminação: Arthur Fry aplicou o adesivo num dos lados de um papelzinho amarelo e resolveu a sua dor. E para a sorte da 3M, tal dor relacionáva-se com muitas dores do cotidiano de muitas outras pessoas. 

Então, termos um ambiente de trabalho que habilite pessoas a serem criativas, juntas, com foco nos usuários, é importante. Na mesma medida em que é necessária uma governança capaz de visualizar e orquestrar os processos criativos, para que grandes oportunidades não escapem da visão estratégica do negócio. 

Bateu uma aflição? Diria um famoso livro intergaláctico: DON’T PANIC! Temos muitas metodologias conhecidas que facilitam ‘a jornada’. Inclusive, temos pelo menos uma plataforma que reúne dezenas desses métodos e simplifica seus usos. Strateegia é um framework traduzido numa plataforma digital, ideal para facilitar processos de inovação, com funcionalidades que habilitam a colaboração criativa de forma síncrona e assíncrona através do brainwriting, onde você pode criar e gerenciar jornadas com evoluções claras, votar democraticamente em visões e funções de negócio, usar IA como faíscas para acender debates estratégicos acalorados e evoluir projetos com uma visão panorâmica, gerando memórias úteis e indicadores de engajamento… A plataforma strateegia.digital faz tudo isso e mais um tanto. O que a sua equipe poderia fazer, treinada numa ferramenta dessas? Quais futuros você seria capaz de bisbilhotar e provocar?

arte da capa by Hanna Rybak (on Behance)

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1 Comentário

Anônimo 22 de março de 2023 - 17:30
Gostei muito do artigo, não conhecia a ferramenta strateegia, é sempre bom conhecer novas ferramentas que ajudam, ensinam e facilitam seus trabalhos e projetos.
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