Semana passada falamos sobre alguns softwares para gerenciarmos facilmente nossas fontes em nossas máquinas, afim de utilizar menos memória e otimizar nosso tempo dedicado a cada projeto.
Durante os parágrafos que escrevi falei também de algo que é importante, como manter nossa coleção de fontes minimamente organizadas na máquina. Como assim? Simples, a cada fonte que você faz download, mantenha numa pasta segmentada para não se perder.
Pensei, pensei e pensei; e para mim a melhor forma continua sendo pré segmentar entre serifadas e não-serifadas. Após isso, segmenta-las em sub-categorias. Não conseguiu captar ainda o que quero dizer? Então lhe darei uma luz para esse caminho.
Categorizando por tipos
Para categorizar por tipos é simples, mas devemos ter (algum) conhecimento sobre anatomia dos tipos, principalmente quando se diz respeito as serifas. A imagem abaixo, feita a mão por mim, pode ajudar a entender um pouco mais o que quero dizer.
Vamos lá então, mão na massa. Pegue suas fontes, faça a seleção, crie as pastas e comece a separá-las.
Com serifas
1. Romano Antigo
Os tipos de serifas triangulares, são conhecidos como tipos com serifas romanas antigas. Nelas podemos colocar fontes da família Trajan Pro, por exemplo.
Algumas características dessas tipografias:
– A existência de modulação visível nos traços
– Os traços acabam em remates.
2. Romano Moderno
Na lista de romano moderno, tipos com serifas finas, podem ser separados e listados nessa pasta. Famílias como a Bodoni podem povoar essa pasta.
Algumas características que podemos citar:
– Contraste marcante entre traços grossos e finos;
– Remates proporcionais;
– Olho médio ligeiramente inferior ao ascendente ou descendente.
3. Egípcio
Os tipos egípcios são aqueles que chamamos mais comumente de famílias com serifas quadradas. Aqui já sabemos que a lista ficará bem extensa, afinal, o que não falta é família tipografica com serifa quadrada.
Algumas características de tipografias egípcias:
– Possuem serifa.
– A serifa é tão espessa que se assemelham à bastões, esta é a principal característica que as identifica.
– Podem ser quadradas (Lubalin Graph, Robotik) ou redondas (Cooper Black).
– As relações entre a serifa e bastão podem ser angulares (Memphis) ou curvas (Clarendon).
– A direção do eixo do espessamento é normalmente horizontal.
Sem serifas
4. Etrusco
Os tipos etruscos tem origens lá nos primórdios da idade antiga, ou seja, são baseados nas clássicas escritas cuneiformes. É o básico para classificarmos as letras sem-serifas.
5. Grotescas
Chamado Gothic grotesco na Europa e na América, eles são de origem século XIX. Eles são os primeiros versões de sans serif tipo derivado de um egípcio, mas neste caso os topos foram removidos.
Podemos aqui citar os exemplos das clássicas famílias modernas como Helvetica, Univers e Futura.
5. Unicase
As fontes unicase são dos estilos mais contemporâneos que podemos encontrar por aí. São fontes que trabalham com a Altura X uniforme, ou seja, não há diferenciação entre caixa-alta e caixa-baixa e por diversas vezes podemos ter uma morfologia misturada, como na imagem que podemos visualizar abaixo.
6. Caligráficas
Aqui podemos colocar todas as fontes que forem simulacros de cursivas, letras escritas à mão e também as caligráficas.
Esse artigo foi praticamente uma aula de tipografia, eu sei, mas acredito que pode ajudar e muito a nossa organização na pasta de fontes, além de complementar o meu artigo de semana passada.
O que vocês acharam? Quero ver nos comentários abaixo.