Acredito que muitos de nós aqui já ouvimos de algum cliente: “Nossa, tudo isso? Por um “desenhinho”?” ou “Mas porque investiria nisso, ainda mais com esse valor?”, não é mesmo? É desanimador e frustrante, mas respiremos. Optamos por trabalhar com “arte” porque queríamos deixar o mundo mais “belo” não? Então precisamos acreditar que o mundo está mudando, e que profissionais envolvidos com criatividade e criação estão ganhando mais notoriedade e espaço no mercado, até porque, nós podemos fazer a diferença nos números da empresa.
Uma pesquisa feita pela Associação de Designers de Produtos juntamente ao Programa Brasileiro de Design do Ministério de Desenvolvimento encomendou, em 2009, um estudo à Fundação Getúlio Vargas. A análise quantificou o impacto que um design bem sucedido dá às empresas que por ele optam. Foram pesquisados 10 setores industriais onde o design é apostado. Os números assinalaram que 69% das empresas consultadas investiam em design há mais de 5 anos.
A inovação também mostrou bons resultados na pesquisa. Das empresas consultadas, 72% respondeu que investe em novidade “constantemente”. E os números somente melhoram: “83% das empresas que investem em design como parte do processo de inovação apresentam crescimento”. A visão sobre o trabalho também tem bom feedback: 87% encaram o design como investimento, não custo. As informações completas podem ser encontradas no site da ADP: http://goo.gl/17Jytz.
Mas o mérito dessa boa visão do design é a força estratégica que ele fornece à empresa como ferramenta de afirmação, ganho de mercado, visibilidade, concorrência, credibilidade, entre outros. E essa estratégica ganha ainda mais força quando a empresa decide exportar.
Entres os exemplos que apostam em design para crescer a que mais gosto de falar é a Apple. Nessa empresa, o design empenha seu papel multifacetado. Ele está no desenho dos produtos, na interface dos sistemas operacionais, na marca, na propaganda de televisão, no layout dos ambientes, etc.
Seu primeiro símbolo fazia uma analogia ao Isaac Newton e a “descoberta” da gravidade. Exagerado, confuso, rebuscado e contraditório à simplicidade de Stevie Jobs, um dos mentores da Apple, que logo percebeu que a compreensibilidade estava ligada a nitidez, e, portanto, a imagem tinha de ser descomplicada. Essa mentalidade esteve ligada também aos sistemas operacionais dos computadores criados pela empresa. Fácil de identificar, fácil de decorar, fácil de usar (Pausa para a piada: não é assim com as musicas de hoje em dia também!? Tu dum bassss).
Quem lê a história dessa empresa percebe que os nomes dados aos computadores, sistemas operacionais, acessórios, etc têm “personalidade” e apresentam uma “linha” evolucionista. O iOS que conhecemos hoje já “foi” MacOS e OS X. Sim, a “presença” era marcada pela “auto” afirmação, pela repetição de “quem somos” enquanto produto. O ‘i’ encontrado atualmente a frente de vários nomes da marca, como iPad, iPhone, iMac, originalmente concebiam a ‘internet’, mas agora fazem uma conotação de ‘pessoal’, já que ‘I’ traduz-se ‘eu’ em nossa língua e nos remetem automaticamente a Apple.
A criatividade e inovação sempre foram características da Apple: o primeiro slogan da companhia foi “Byte into a Apple”, rs. Genial, não? Mas simples.
Outro exemplo é a empresária Fernanda Dourado, que negociou com uma consultora de Marketing antes de abrir seu Pet Shop. Os números apontaram 50% de crescimento em 2013, e a estratégia criada foi a identidade visual, o uso “repetido” da identificação da empresa. No vídeo abaixo podemos ver a reportagem completa da ‘Pequenas Empresas, Grandes Negócios’ sobre o assunto, que finaliza reportagem falando também sobre Design de Interiores, tema que tratarei em uma próxima vez: http://goo.gl/m9t12I
Ainda no site ‘Pequenas Empresas, Grandes Negócios’ temos o caso de dois jovens empresários que apostaram em uma equipe de marketing que se concentrou em anúncios para crescer. O resultado para a companhia, que fornece brindes customizados, foi um aumento de 180%. Para conferir mais informações, leia a matéria na íntegra: http://goo.gl/fCo5LL
O trabalho do designer está longe de ser algo feito por “hipsters” para deixar a empresa “bonitinha”. Os lucros também estão ligados à credibilidade que se passa ao apostar nesse tipo de abordagem, e o resultado pode ser promissor, quando o profissional for de qualidade. Quanto aos preços, bom, isso também está ligado à qualidade, ao conhecimento, à experiência. Ao empresariado deixamos os números e o fomento e desejo de novas parcerias de sucesso.
Demais Fontes: freepik.com e publistagram.com