Ah! O sabor do sucesso.
O reconhecimento por cada passo e aquele sorriso disfarçado no canto da boca quando se recebe um elogio, sabe? A bajulação que se mistura com a admiração e a perca de tom em meio as homenagens. Na verdade um verdade menaje: você, seu ego e o tão sonhado reconhecimento.
Separei o ego de você, para ser didático. Na prática, não há como descolá-lo, ele é você. Assim como é estúpido dizer: “quero uma pessoa que exercite o cérebro, e não o corpo, sabe?”. Não! Não sei! Apesar de entender o ponto de vista não há como descolar a cabeça do corpo, ela é parte do corpo.
Essa dicotomia se estende à muitas áreas de nosso cotidiano. Quase que sem perceber, você estará separando diversos aspectos da sua vida com a genuína intenção de facilitar a compreensão, mas acabará por separar coisas que não se desvinculam.
O principio disso acontece em nossa infância. Nascemos em um mundo completo, onde os estímulos nos bombardeiam e, pouco a pouco, os organizamos em forma de arranjos, decisões, soluções. À isso damos o nome de criatividade.
Somos então lançados em um processo que se assemelha ao setor fabril com pequenos toques de sistema penitenciário: dividimos por séries, traçamos processos separados para construir algo (aulas e disciplinas) contando com 1 hora de banho de sol (intervalo ou recreio) e onde – com raríssimas exceções – a criatividade é pouco a pouco substituída pela padronização até mesmo no que se refere a como pensar. Então, somos avaliados em teste de qualidade (provas) para progredir na linha de produção (aprovação).
Achou cruel? Pouco importa.
O que importa aqui é perceber que desde a nossa infância somos apresentados a um mundo fragmentado e repleto de padrões e processos, para que na adolescência sejamos cobrados de decisões “definitivas” para vida(vestibular) – ou quase isso – e a partir daí, o processo é repetido com – novamente – raríssimas exceções, para finalmente o choque. Somos literalmente jogados na realidade que é maciça, complexa… real.
E AQUI QUE ENCONTRAMOS O TEMA DESSE ARTIGO.
Uma ressalva: quando falo “fracassado profissional”, não estou me referindo à uma área da vida – se encaixa, mas não é apenas esse o ponto – falo da profissionalização do fracasso e da competência exigida para galgar esse título.
Esclarecido isso, voltamos ao ponto inicial, o sucesso: um dos produtos mais vendidos na atualidade.
Sucesso travestido de muitas coisas. Relativizado como ápice do que você precisa ser, ou como uma desculpa para não fazer melhor.
Para esclarecer isso, vamos ao bom e velho dicionário:
Sucesso: “Aquilo que sucede; acontecimento; fato; caso; acidente. Parto. Êxito, bom resultado”.
Temos uma primeira visão, sucesso seria “transpor etapas, fazer acontecer de forma intencional ou, até mesmo, ocasional”. Sendo assim, a etapa?—?não importando o tamanho?—?cumprida é sucesso; o êxito em algo pela via do esforço dedicado ou não, também é sucesso. O simples e bom resultado é sucesso.
Na contramão, temos o sucesso como algo distante, dificilmente alcançável. Dessa forma, se transforma em um produto escasso e com alta demanda.
Contudo algumas regras são importantes para alcança-lo e, de certa forma, podem não ser tão acessíveis à todos. Exigindo um esforço extra e um provável sentimento de fracasso, mas NÃO SE LIMITE! VOCÊ PODE!
ENTENDENDO AS PESSOAS
As pessoas tem interesses e desejos diferentes. Para atraí-las, você precisa entender como elas pensam, o que esperam de você e como pode ajudar a conquistar seus objetivos.
Trace perfis, entendendo a comunicação adequada e seus principais gatilhos. Então, mãos a obra. Você está mais próximo do sucesso.
OUVINDO AS PESSOAS
Além do que disse acima, as pessoas tem opiniões e posições. Elas precisam ser respeitadas e compreendidas para que aja uma comunicação ideal.
Um fracassado Profissional precisa entender que as pessoas se tornam mais suscetíveis quando são ouvidas, compreendidas e quando se percebem interessantes.
Ajuste sua fala de acordo com o público que você deseja atingir e, sempre que possível, endosse que elas estão tem razão e que você as entende para que então, possamos dar o próximo passo.
MOTIVE AS PESSOAS
Todos podem chegar onde você está, não é mesmo? Afinal é fácil, basta acreditar e repetir continuamente que “você é um vencedor”, “você pode”, “você é mais” e quem for na contramão disso só está querendo destruir sua motivação. Afinal as pessoas não podem ver o sucesso alheio. O mundo é uma grande competição, mas todos podem chegar onde você está não é?
Se você se incomodou com as dicas acima e se perguntou algo importante como: “E eu? onde fico nessa história?”, primeiramente vai ser tido como egoísta, individualista e todos os “istas” e “ismos” em moda na atualidade. Contudo, fico feliz em dizer que você não é um completo fracassado profissional.
O que torna pessoas competentes nessa área é a capacidade de parasitar o desejo do outro para que com isso consiga atingir as expectativas que não são suas. Nesse cenário o eu passa ser instrumento para se sentir parte, se sentir admirável. Deixando pouco a pouco de ter opiniões, desejos, vontades, até as mais simples certezas.
Surge, então a ansiedade. Elemento essencial para alimentar e fomentar o consumo do sucesso. Livros de autoajuda no topo dos mais vendidos, Treinamentos, Cursos, Palestras prometendo o tão sonhado Sucesso e tantos outras formas são movimentadas pela ansiedade em uma sociedade que nos cobra e nos impõe padrões onde este sucesso é definido de uma forma específica e que me qualifica como parte ou não da sociedade.
Homens e Mulheres de sucesso são normalmente associados a pessoas ricas, bem sucedidas nos negócios, com uma vida – aparentemente – feliz e com acesso pleno aos bens de consumo. Isso é colocado como parâmetro que define quem é ou não bem sucedido. Em contra partida, gera um movimento que demoniza o acúmulo dessas riquezas e bens. Um verdadeiro desequilíbrio que dificulta a vida de alguns e impossibilita a melhoria de outros.
Vale a reflexão sobre o equilíbrio necessário em compreender que o sucesso se consagra em cada êxito, em cada superação e que grande parte das oportunidades de melhorar se encontram nas falhas, na tentativa.
A diferença cabal do fracassado profissional e pessoas bem sucedidas é onde se encontra o foco de seus esforços e principalmente, a medida que mensura sua realização, seu sucesso.