Oi gente! Como estão? Para o tema em questão eu vou novamente fazer uma série dividida em 03 Partes, esta primeira vamos falar do conceito geral da Iconofagia baseado nos estudos de Baitello Junior, e os dois seguintes serão amostras e estudos dentro da Iconofagia que falam sobre imagens que transmitem valor e imagens que não transmitem valor. A ramificação da Iconofagia que vamos estudar, falar, observar e discutir é como ela se apresenta dentro da estética de campanhas publicitárias.
Iconofagia nada mais é um fenômeno cujo qual em alguns momentos imagens são devoradas e em outros as imagens se devoram. “Mas o que é isso afinal? Imagens que se devoram?” Esse estudo se dá por meio da análise de imagens sejam com tema publicitário ou jornalístico, desde que estas transmitam algum tipo de informação, sendo que enquanto imagem jornalística vem com uma legenda ou um texto de apoio explicando-a e quando for imagem publicitária por si só ela já transpõe o conceito da campanha, mesmo que de forma implícita a grande parte do público.
As informações contidas nesses tipos de imagens podem ser de teor construtivo ou destrutivo quando tratado de intervenções sociais. Uma vez que estas imagens trazem algum valor elas sustentam vínculos entre o homem e suas raízes culturais e históricas, porém quando não expõem nenhum tipo de valor podem mostrar o esvaziamento dos valores de referência de uma cultura. Exemplificando o que foi dito:
- Questões de valor: imagens que transmitam algum conteúdo do dia-a-dia, como campanhas de maquiagem que transpõem uma imagem de mulheres poderosas e que são “donas de si” ou campanhas de bolsas de marca como Gucci ou Loui Viton que agregam valor a imagem ao vender um produto de alta qualidade e no geral também trabalham como o mesmo ícone, uma mulher como centro da imagem, porém vendem a intenção de que pra você ser igual a ela existe a necessidade de adquirir uma bolsa destas marcas. Esse tipo de campanha está inserida nos nossos valores (ideologias) de sociedade uma vez que há uma constante luta pela igualdade dos gêneros.
- Questões de imagens sem valor: não é que sejam imagens vazias, porém elas mostram a parte esquecida do ser humano, coisas que vemos como barbaridades ou questões de horror. Esse tipo de imagem é geralmente usada para divulgação de revistas e jornais, que transmitam conteúdos relevantes voltados para área de notícias, servindo como exemplos Jornal nacional, Superinteressante a Folha de São Paulo, etc… Exemplos recentes de imagens chocantes são a queda da barragem em Minas Gerais e o fato de milhares perderem suas casas e o atentado na França. As imagens que são utilizadas para divulgação destes, transmitem a sensação de total desprendimento daquilo que nos foi ensinado dito como certo e errado.
Ao se estudar mais a fundo a Iconofagia, conseguimos perceber literalmente aquele antigo ditado “uma imagem vale mais do que mil palavras”, somos facilmente influenciados por aquilo que vemos, de imediato porque aquilo nos transmite algum tipo de sensação podemos ir de um estado alegre para um totalmente triste em questão de segundos ou no virar de uma página. No geral nos identificamos com aquilo com aquilo que agrada aos nossos olhos, ou é tão exposto que não temos como não olhar. Uma boa abordagem de campanha com uma imagem trabalhada e com conceitos que estejam inseridos em nosso dia-a-dia faz toda a diferença no resultado final de um trabalho.
Por enquanto é isso, nos próximos textos, teremos mais detalhamento sobre em que consiste cada questão de valor de imagem. Valeu gente e até o próximo artigo. \o/
Fonte:
Livro > A era da Iconofagia, Ensaios de Comunicação e Cultura – Autor: Norval Baitello Junior