Leis da Gestalt: Unificação e Fechamento

Hoje veremos a fundo mais duas Leis da Gestalt: Unificação e Fechamento. Se você chegou aqui agora, recomendo ler este artigo e que dê uma passada no índice da série.

Unificação

A Unificação é a igualdade/harmonia dos estímulos visuais transmitidos pelos elementos visuais que constroem uma composição. Quanto melhor o equilíbrio dos elementos visuais, maior é a sensação de Unificação.

Um exemplo bem simples é o do aro da bicicleta. Os raios estão distribuídos de forma tão simétrica e tão harmoniosa que parecem estar unidos.

Simetria e Unificação <3

O mesmo acontece se observarmos formas mais complexas, como a Torre Eiffel. A Proximidade e a Semelhança (outras Leis da Gestalt) entre os elementos visuais colaboram na percepção da unificação do objeto. Claro que, em algumas situações a Unificação está em “menor escala”. Isto porque a Unificação depende justamente do equilíbrio (mencionado também no mundo acadêmico como organização formal) dito acima.

 

Fechamento

É a “pegadinha visual” mais legal de ser utilizada no design. O Fechamento é a Lei da Gestalt que faz com que nosso cérebro produza contornos e/ou faça fechamentos que não existem. O que pode ser chamado de “Fechamento Sensorial da forma”.

Está vendo um quadrado? Eu também! Mas não existe nenhum quadrado ali. ):

Isto acontece porque tendemos a fazer o fechamento da estrutura imaginando a continuidade da sua estrutura, seguindo uma “ordem espacial lógica” (Gomes, 2008).

O Fechamento é uma Lei da Gestalt muito bacana de utilizar no design, mas devemos fazer algumas considerações.

1- Fator cultural: o objeto que você irá representar é comum a uma cultura/região? Cuidado ao transportar este conceito para outras culturas. As pessoas podem não reconhecer a forma desejada por não estarem visualmente habituadas com aquele objeto.

2- Seja claro: mesmo dentro de uma mesma cultura, um objeto pode não ser reconhecido. Será que você está sendo claro com sua mensagem? Algumas vezes os elementos podem estar um pouco distantes, ou então, o contraste pode não estar ajudando a reconhecer e a forma visual. Eu só descobri que o logo do Carrefour era um “C” depois de velho, em uma aula na faculdade.

Que bruxaria é essa?!

Na próxima semana iremos estudar as Leis de Continuidade Proximidade.

Alguma dúvida, sugestão ou crítica? Deixe nos comentários. Seu feedback é muito bom para o crescimento do blog.

Até terça!

Este post faz parte da série Gestalt: Série de posts sobre a psicologia da forma.

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