Design “less is more” Hoje!

“less is more” Hoje!

Por Mélio Tinga

O lema less is more de Ludwig Mies van der Rohe é hoje conhecido como a melhor forma de definir o movimento minimalista, originado no século XX e actualmente representa um movimento que sustenta, não apenas o design a nível da comunicação visual, mas também as artes plásticas, a arquitectura, o design de produtos, a literatura, a linguística, a retórica, a música e outras formas de manifestação.

O movimento minimalista é defensora da simplicidade no design, conforme sustenta o seu lema “less is more” (menos é mais). O designer Buckminster Fuller designou – o como “fazer mais com menos”, já que compreende no máximo de simplicidade possível na concepção de uma peça de design. Surge como uma contradição a saturação de imagens, que vigorou também no seculo XX, à poluição visual que estava relacionada a publicidade com foco no consumo, dominada também por gritos e barrulhos visuais. Tratava-se, portanto, de composições com excesso de informações e que, a consideração sobre a estética e ordenamento formal era pouco considerada, pelo que, era normal a sobreposição de diferentes informações sobre outras, dentre as quais imagens, desenhos textos, cor.

Fonte: O Design gráfico contemporâneo e suas linguagens visuais

 

“O estúdio britânico de design Tomato, actuante na década de 1990, apresenta exemplos de trabalhos com expressivos e caóticos grafismos. Com profissionais da área de design, da arte e da ilustração, produziu muitos trabalhos de capas de álbum musicais apresentando sempre fragmentos gráficos que apresentam dificuldade de leitura. A cena musical da década de 1990 em Seattle denominada também pelo termo grunge, influenciou os designers da época com sua estética de desconstrução expressiva. Da mesma forma, o grupo Art Chantry, que resistiu ao uso da tecnologia digital, utilizava um estilo idiossincrático que faz uso de letras e imagens apropriadas do mundo vernacular para criar composições com uma energia cinética forte que atraiam o espectador (ESKILSON, 2007).

A introdução do minimalismo trouxe, a nível do design gráfico uma grande revolução na componente comunicativa, procurando trazer o essencial ao leitor visual, e eliminando toda informação desnecessária, que seria, simplesmente excesso para uma leitura agradável. Contrariamente a poluição visual antes vigente, o minimalismo passa a considerar a aplicação da grid como uma forma eficaz de se obter melhores resultados na composição gráfica, a construção do layout e a aplicação da hierarquia da informação, colocando sempre o necessário tornou-se uma base indispensável do minimalismo. O alinhamento de elementos gráficos e o respeito pelo espaço em branco na folha domina o design moderno e a construção de um design de “luxo”.

 

O movimento De Stijl e o design tradicional japonês tiveram um grande papel para o surgimento do minimalismo que se tornou, hoje, numa tendência mundial, com influência nas diversas áreas, mas também não pode ser descartado o trabalho de Van Der Rohe, que lançou as bases do movimento e popularizou o lema deste movimento.

 

De Stijl

Sua tradução para português é O Estilo, foi fundado em 1917 por Theo Van Doesburg, designer, pintor e escultor holandês. Este movimento defendia a rejeição do extravagante pelo económico, inicialmente defendendo o conceito “unidade e pluralidade”. Era um design gráfico baseada também na Matemática, para ter resultados mais precisos em seus projectos, apostando pela simplicidade e abstracção.

 

Design tradicional japonês

O design tradicional do Japão abriu caminhos para a introdução do minimalismo, defendendo que era necessário adicionar apenas o que era necessário e retirar todos excessos, que, certamente contribuiriam para obtenção de trabalhos visualmente poluídos. Esta forma de abordagem do design é também resultado da própria cultura japonesa, baseada na simplicidade, nas formas simples e mais básicas possível.

Fonte: cotazero

 

O Minimalismo hoje

Com o desenvolvimento tecnológico, a necessidade de reprodução e a necessidade de maior gestão de recursos materiais e financeiros, poupar tempo tornou-se numa das prioridades mais importantes em diversas áreas profissionais, também a nível de design gráfico. Com o design minimalista é importante encontrar as palavras e os elementos mais importantes e significativos, passando assim a “falar pouco e dizer tudo”. O design minimalista significou também a nível dos profissionais de design o recurso a poucos elementos, o que não significa ausência da criatividade, mas sim um uso eficiente. O minimalismo, hoje é uma tendência mundial e pode ser observada no design de páginas web, no design editorial, no design de embalagens, no design de identidade visual e na tipografia, transpondo-se ao uso de imagens simples e comunicativas. A tendência ao design limpo tornou-se mais atractivo e mais agradável, implicando pouco esforço e pouco tempo para compreender a mensagem levada por uma peça de design gráfico. O uso de cores num numero limitado e que interajam bem entre si, a selecção minuciosa das fontes tipográficas e o uso de contrastes que flexibilizem a leitura são importantes em composições minimalistas modernas. O minimalismo procura cada vez mais poupar elementos, poupar palavras, poupar recursos e tornar mais intensa a comunicação.

 

Fonte: blogdoscursos.com.br

Fonte: imagens.tiespecialistas.com.br

 

Fonte: Design culture

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