Lirandzo: Uma proposta de redesign de preservativos

Um dos debates mais longos a nível mundial, está muitas vezes direcionado a problemas de identidade, suas formas de apresentação e a influência de outras identidades no caminho da descoberta de uma identidade própria de uma nação ou região. Calma… explico. As projeções dos designers procuram muitas vezes respeitar limites identitários de modo a garantir que o seu público alvo receba e se adeque melhor a um produto, dado a quantidade de referências que este tem com o dia-a-dia do usuário. Não obstante, as discussões sobre a eficácia das comunicações e seus materiais no que tange a prevenção de doenças de transmissão sexual, vão ganhando espaço e desafiando todas as camadas sociais a procurar a melhor forma de persuadir e incutir nas pessoas a necessidade de previnir para garantir a continuidade de vida saudável na terra.

A proposta de um design de preservativos para as zonas rurais de sul de Moçambique colocada pela designer Sandra Pizura, em parte é resultado de um questionamento sobre até que ponto o atual design de preservativos estimula o uso por parte das comunidades rurais. Ou por outras, até que ponto os elementos agregados no atual design de preservativos permitem com que o usuário se identifique com os mesmos, de modo a poder usá-los com mais frequência e diminuir assim o índice de contaminações de doenças de transmissão sexual, com destaque para o vírus do HIV SIDA (AIDS)?

A designer acredita que investir o tempo de projeção pesquisando elementos que fazem parte do dia-a-dia das pessoas que moram nas zonas alvejadas pelo projeto, pode ser uma aposta interessante para estimular o uso de preservativos por parte dos moradores dessas comunidades, criando assim, através do design e comunicação visual, uma alternativa criativa e inovadora para sanar os problemas do baixo índice de uso do preservativo.

 

Veja abaixo a alternativa em experimentação:

 

Partilhando a sua experiência, a designer, deixa claro que é ainda um estudo em curso, voltado ao nome Lirandzo enquanto palavra de grafia variável em função das linguas bantu. São entrevistas contínuas a usuários, estudantes pofissionais de design e diretamente as empresas responsáveis pelos atuais layouts dos preservativos em uso.

A designer proponente, Sandra Adélia Fernando Pizura é docente no Instituto Superior de Artes e Cultura, na Faculdade de Artes no curso de Design, lecciona a cadeira de desenho e desempenha o cargo de designer gráfico no departamento criativo de produção artístico CEPAC (Centro de produção artístico cultural).

 

Mais detalhes sobre este trabalho, podem ser lidos na Revista DEZAINE

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