Quando a primeira máquina fotográfica veio a tona, não se falava em outra coisa no meio artístico. A promessa de captar toda a essência de um momento e eterniza-lo em um pedaço de papel era intrigante, fascinante e ao mesmo tempo desafiadora. Ao invés de tinta e tela, a utilização da luz para criar imagens chegou a abalar os conceitos de alguns artistas mais conservadores.
O fato é que a pintura não sumiu, tampouco foi substituída depois da chegada da fotografia. Ela evoluiu de algo necessário e cotidiano para ser pura e exclusivamente arte. Este artigo não e sobre pintura ou fotografia, mas sobre algo que também esta prestes a evoluir.
Os livros. Única forma de vincular informação de qualidade ate pouquíssimo tempo atrás, os livros são ainda essenciais no meio acadêmico e científico, mas tem perdido espaço em outras áreas do nosso dia-a-dia. Tablets, smartphones e computadores disponibilizam acesso a maior quantidade de dados já armazenada e distribuída em toda a humanidade: a internet.
E difícil pensar em um livro como primeira opção na hora de fazer uma pesquisa. Assim como alguns pintores da era pré-fotografia, Brian Dettmer tem contribuído de forma única para a evolução do livro. Este artista nova yorkino mostra em suas obras detalhadas que muito mais que vincular arte, os livros são capazes de se tornar a própria arte. Depois de ser necessário e cotidiano, talvez seja hora de o livro se tornar pura e simplesmente arte.
Confira a impressionante obra de Brian Dettmer: http://briandettmer.com/art/