Que um logotipo não é o suficiente pra sustentar uma marca/empresa você já sabe. Caso ainda não tenha lido, postei um artigo sobre o assunto, que você pode conferir clicando aqui.
Uma identidade visual completa e adequada é mais do que necessária para que uma marca possa se sustentar por anos e ser reconhecida por isso. Mas como dar segmento à um trabalho de identidade criado por um profissional ou agência, se a empresa tomar um rumo de crescimento grande e precisar de mais de um responsável (seja profissional autônomo ou agência) pela parte de criação e publicidade/divulgação da mesma? Ou mesmo se o próprio cliente quiser entender a marca como um todo para que possa delegar seu uso?
É aí que o manual de identidade visual se faz necessário. Porém, não acho que seja um item obrigatório à todas as marcas. Muitos clientes não possuem estrutura para gerenciar de forma correta a utilização de um manual de marca.
Por exemplo: uma pequena empresa, “recém-nascida”, que aplica sua marca apenas em redes sociais, site e papelaria básica não precisa de um manual complexo. Bastam algumas orientações na apresentação da nova marca.
Um manual de marca tem recomendações, normas técnicas e especificações para o uso da identidade de uma determinada marca e suas variações, e útil ao facilitar a preservação das propriedades de tal marca em suas “aparições”.
Sobre o conteúdo de um manual de identidade visual
Usarei como exemplo um manual da Oi que tenho salvo como exemplo para algumas de minhas criações (de 2017):
Introdução
Abertura do manual com um breve texto sobre o conteúdo geral.
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Sumário
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“Tom de voz” da marca
Uma breve explicação sobre como a marca “fala” com o consumidor final. Essencial!
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Logotipo: Apresentação e justificativas
Sempre digo que esse manual de identidade é 99% impecável, não fosse pelo uso da palavra “logomarca”: é um termo que todos entendem, mas na verdade não faz o menor sentido. Enfim, isso é assunto pra outro artigo.
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Logotipo: Especificações, variações, cores, restrições, redução, área de proteção, etc.
Exemplo de página com o setor informativo de “aplicação sobre fundos”, um dos subsetores essenciais para as especificações e restrições do logotipo.
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Elementos da marca: Cores, grafismos, fundos, fontes, ícones, etc.
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Estilo fotográfico
Assunto pouco abordado pelos designers no geral, mas essencial, pois quase 100% das marcas fazem uso de fotografia em publicidade e pelas redes sociais.
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Composição de peças
Página de grid na seção sobre composição de peças gráficas.
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“Cobrand”
Explicando como a marca deve se comportar em assinaturas conjuntas.
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Animação
Explanando a animação do logotipo em vídeos.
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Exemplos
Exemplo da marca/logotipo em uso!
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Caso tenha interesse em estudar esse manual por completo, clique aqui!
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Existem muitas situações à serem explanadas. Se um “manual de identidade visual” agrega muito menos do que esses itens citados acima, ele pode ser citado como um guia de marca, e vendido por bem menos. Manuais de identidade tendem a ser completos e detalhados. Geralmente quem identifica esclarece qual é a necessidade da marca, é o próprio cliente.
Mas se ele ainda não tem ciência disso e você como contratado identifica tal necessidade, é sempre válido provar por A+B que isso (seja um guia ou o manual completo) se faz muito necessário para a marca dele.
Espero ter ajudado de alguma forma!
Abraços