Existia um tempo em que, para se ler um livro, era necessário escreve-lo com as próprias mãos. A íntima relação do homem com a escrita em sua forma mais simples e pura, a caligrafia, era a única forma de transmitir ideias. A caneta era quase uma extensão natural do corpo para alguns profissionais nos anos de ouro da caligrafia (1860 a 1930), os penman. Penman era um título conferido às pessoas cuja profissão era ligada à caligrafia em suas várias formas.
O Master Penman era alguém cujas habilidades no manejo da caneta eram tamanhas que excediam o ordinário e os colocavam um patamar acima como verdadeiros artistas. Hoje em dia existem 12 Masters penman vivos no mundo. Um deles, o mais novo com 30 anos de idade, é Jake Weidmann.
“São necessários anos e anos para se tornar proficiente e bom o bastante para se ter esse tipo de poder sobre a caneta” diz Weidmann em seu vídeo no canal Uproxx onde ele desvenda sua história de vida e amor à arte da caligrafia.
Jake não se contem nas palavras escritas. Seus trabalhos são na verdade uma combinação de técnicas de caligrafia e desenho que os tornam únicos e maravilhosos. Pinturas e esculturas também fazem parte da gama de obras de arte produzidas por ele. É possível perceber que a maestria e o auto-controle necessários para se tornar um Master Penman abrem infinitas possibilidades artísticas.
Recentemente aceito na Master Penman Society, uma sociedade exclusiva de mestres da caligrafia, Jake Weidmann ganhou merecida notoriedade nas últimas semanas. Interessante é compreender os motivos dessa distinta sociedade de artistas e profissionais. Nas palavras de Michael Sull, diretor da Associação Internacional de Masters Penmen, Calígrafos e professores de escrita manual (IAMPETH, em inglês): “Se você não ensinar caligrafia às nossas crianças, os pensamentos que se desenvolvem quando eles desejam se comunicar através de um computador vão desaparecem assim que tocarem o teclado. ”
Desenhista que sou eu sempre mantive uma relação íntima com o papel. Quando eu primeiro me deparei com o trabalho de Weidmann foi algo arrebatador. Como designer eu sempre fui apaixonado por tipografia e handwriting e ao descobrir as possibilidades e a maestria de um Master Penman eu confesso que considerei começar a praticar, ainda que modestamente, a arte da caligrafia.
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