Flat design, tipografias estilizadas e design responsivo*. Estes três elementos fazem parte das tendências de design para 2014. Na virada e nos primeiros meses do ano, todos parecem se contaminar por uma ânsia de seguir (ou até mesmo ditar) qual a tendência de design para o ano que começa.
Normalmente, esta tendência vai por mix de algo que virou moda no ano anterior, com alguma coisa que está em voga no mercado lá fora e um toque grotesco sutil de achismo.
Não sou contra as listas de tendências. Elas nos fazem ver o que todos os outros designers estão fazendo para fazer exatamente o contrário. Oras, não quero que meu trabalho fique como os demais e, principalmente, que não fique datado. Esta sensação fica bem clara quando observamos na nova safra de alguns profissionais. Alguns deles seguirão a média, mas os que saem da curva acabam ganhando destaque (e viram tendência para o próximo ano).
Se em meio ao processo criativo, minha pesquisa de referências for baseada somente na tendência do ano, estarei seguindo o mesmo caminho que todos os designers estão seguindo. Onde fica minha capacidade criativa no processo? Dizer que está sendo inovador ao apresentar para o cliente um logo em flat design é a mesma falácia sobre o “novo conceito” (que recomendo esta leitura).
Acredito que o designer que alimenta suas referências vendo trabalhos de outros designers não consegue ser verdadeiramente criativo. A função do designer é resolver um problema e observar gera algo como:
problema > ponto de vista do designer > solução > seu ponto de vista > solução.
Não há problema em refutar ou concordar com a solução proposta por outro, mas precisamos ir mais ao cerne do problema do que tentar fazer um remix da solução do outro. Novas soluções realmente criativas saem da imersão e pesquisa, não da mesa do seu computador e o efeito drop shadow do seu logo flat.
* o site do seu cliente não tem que ser responsivo porque é moda. É uma obrigação sua proporcionar uma melhor usabilidade para o usuário. Pense nisso.