Design Mobile First, mobile last, mobile EVER

Mobile First, mobile last, mobile EVER

Por Priscila Vasconcelos

Você enquanto utilizador de smartphones já deve ter reparado quantas vezes acessa um site, pelo seu dispositivo. As vezes, é até mesmo a primeira coisa que faz ao acordar, antes de sequer escovar os dentes. Por conta disso, é que quem está por trás do desenvolvimento da experiência do utilizador e da criação das interfaces tem que estar cada vez mais atento ao pensar em desenvolver o seu produto digital.

O desenvolvimento de sites começou com projetos criados para desktop, então é natural para quem os desenvolve começar o trabalho por aí. No entanto, os dispositivos móveis vieram para ficar, já que são muito mais inclusivos, se pensarmos na facilidade econômica de adquiri-los, além de fáceis de interagir, uma vez que já viraram extensão do corpo devido a sua portabilidade. Portanto, começar a repensar o processo de criação é mandatório.

Em 2014 houve uma grande mudança de comportamento do utilizador. De acordo com o site Search Engine Watch, o tempo gasto na internet em dispositivos móveis superou o número de acessos feitos pelo desktop. Este é um dado significativo para toda uma cadeia de desenvolvimento de produtos para internet.

Mas calma aí… afinal, o que é o Mobile First? O nome já é muito explicito e significa focar-se primeiramente no desenvolvimento de sites para dispositivos móveis. Mora aqui um pequeno dilema que já explicaremos. O mobile first é muitas vezes tido apenas como uma forma de responsive design, no entanto eles são coisas diferentes.

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A abordagem comum do responsive design, funciona com o navegador de desktop como base e oferece alternativas e breakpoints para versões reduzidas em outros tamanhos de dispositivos (tablets e smartphones). Isso funciona por meio de Media Queries de CSS que verificam o tamanho do navegador e ajustam o layout e estilo de acordo com o programado. O mobile first conduz a uma abordagem diferente sobre como lidar com o conteúdo, começando pela sua forma de exibição. A questão não é apenas adaptar, mas pensar formas totalmente diferentes de interação e experiência. A área de criação disponível para os dispositivos móveis é consideravelmente menor e isso faz com que o conteúdo tenha que ser racional e funcional.

A questão que os especialistas mais defendem para a escolha do mobile first como método, é a de que começando o desenvolvimento com esta base você limita os conteúdos do site ao que é realmente necessário ao utilizador. De acordo com Luke Wroblewski, o diretor de produtos da Google, “o mobile não deixa espaço para nenhum conteúdo de relevância duvidosa. Você precisa saber o que realmente importa. Para fazer isso você precisa conhecer bem os seus usuários e o seu mercado”. Ele afirma também que como cada browser é diferente, cada experiência também deve ser. Cada uma tem suas capacidades e limitações, por isso a ideia de criar a mesma experiência e replicar pelos dispositivos não é muito proveitosa. Além disso, os recursos oferecidos para os desenvolvedores de plataformas como IOS ou Android, entre outras, podem acrescentar à experiência do utilizador processos valiosos como a localização por GPS, orientação através de bússola digital, utilização de gestos multi-touch, posicionamento do dispositivo a partir de um acelerômetro, entre outras possibilidades.

Agora já sabe, quando começar seu próximo site, pense o que é de fato relevante para o usuário que você quer comunicar. Pense como ele vai receber essa informação e tenha em mente que o meio justificará o fim.

Abaixo criei um infográfico com base em algumas pesquisas feitas sobre o universo do mobile first que poderão ser úteis para perceber ainda melhor.

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