Olá, designers!
Pesquisando sobre assuntos tipográficos pra trazer pra vocês, comecei a observar mais atentamente um estilo que gosto e que também me inspira para alguns projetos: a utilização de Monogramas.
Um monograma é basicamente uma mistura ou sobre posição de duas ou mais letras que tem a finalidade de formar um elemento identificador. Muitos fundadores de empresas ou profissionais liberais se utilizam deste estilo para criarem suas identificações e quase que dispensarem aquela velho padrão símbolo-logotipo. É um recurso muito utilizado em convites de casamento e também por muitas marcas relacionadas à moda, mas pode-se observar também em muitas equipes de futebol americano e de beisebol nos Estados Unidos. Ou seja, mais uma vez pode-se dizer que a tipografia é o elemento mais importante em um projeto.
Inevitável fugir da definição do Wikipedia, que conta que os primeiros monogramas foram usados em moedas, por volta de 350 A/C, quando os gregos que escreviam as duas primeiras letras do nome da cidade nas moedas. Artistas e artesãos também utilizavam em pinturas, esculturas e peças de mobiliário, especialmente quando as guildas aplicavam medidas contra a participação não autorizado no comércio. Monogramas também podem ser encontrados dentro de brasões de armas ou de famílias reais, que remetem e identificam indivíduos, famílias, clãs, corporações, cidades, regiões e nações.
Até as décadas passadas, os monogramas tinham uma imagem mais clássica, com muitas influências da arte barroca e renascentista, mas atualmente vejo monogramas cada vez mais modernos e com desenhos simples, sendo utilizado até mesmo por designers, talvez como forma de assinarem suas peças gráficas de maneiras mais diretas, como o carimbo em um gado. Comparação estranha sei, mas é uma forma de marcação. Além de transmitir personalidade, cria-se um ícone, indo ao encontro do que faziam os artistas e artesão gregos.
Tecnicamente falando, toda a Assinatura Visual, quando criada, deve ser testada sob diversos aspectos e para indeterminados fins. Muitas vezes os designers utilizam a cor como fator de diferenciação para determinado Projeto de Identidade mas, ao projetarem um brasão, a chance de não necessitar de uma cor para esta esta finalidade é pouca. Além de o monograma, se bem projetado, terá fácil aplicação através de carimbos e stencils, o que, na minha opinião, é um diferencial e tem um chame. Como diz e mostra Alina Wheeler na página 17 do livro Design de Identidade da Marca, “…o cérebro reconhece e memoriza primeiramente as formas. As imagens visuais podem ser lembradas e reconhecidas de forma direta, enquanto o significado das palavras tem que ser decodificado. A leitura não é necessária para identificar as formas, porém a identificação de formas é necessária para a leitura. O cérebro reconhece formas distintas que fazem uma impressão mais rápida da memória…”
Ou seja, ao projetar uma Identidade, e caso seja necessário um símbolo, ele deve ser muito bem trabalhado, com formas fortes, pregnantes e que não tenham a necessidade de ficarem presas a uma única cor. E se esse símbolo puder ser um monograma, pode-se dizer que teremos nele o suprimento da necessidade de um logotipo. Claro que a presença de um logotipo é importante para uma Assinatura pois, em determinado momento ela tem a necessidade de ser explicada.
Bem, fico por aqui, estudando sempre, buscando trazer assuntos relevantes para todos e, por hora deixando alguns monogramas como inspiração. Um abraço, bons estudos tipográficos e até o próximo post.
